A história de Alagoas começa antes do descobrimento do Brasil, quando o atual território do estado era povoado pelos índios caetés. Localizado entre os dois maiores centros açucareiros do Nordeste (Pernambuco e Bahia), o estado desenvolveu e consolidou sua economia baseada nos engenhos de açúcar e na criação de gado, onde predominava o trabalho escravo de negros e mestiços.
Atraídos pelo escambo do pau-brasil (Caesalpinia echinata) entre os séculos XVI e XVII, embarcações estrangeiras invadiram a costa do estado. Porém, em 1535 o donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho Pereira, retomou o controle da área para os portugueses, e incentivou o plantio da cana de açúcar e a construção de engenhos. No início do século XVII, além da lavoura de cana-de-açúcar, a região de Alagoas era expressiva produtora regional de farinha de mandioca, tabaco e peixe seco, que eram consumidos na Capitania de Pernambuco.
Ocupação Holandesa
No século XVII os holandeses ocuparam a área de onde só saíram em 1645, data também da formação do Quilombo dos Palmares, constituídos por escravos fugitivos.Para manter o domínio do território, os colonizadores entraram em conflito com os nativos e dizimaram as tribos indígenas, como os caetés.
A partir do fim do século XVI, Alagoas e Pernambuco sediam o mais importante centro de resistência dos negros, o Quilombo dos Palmares que localizava-se na Serra da Barriga. Foi o emblemático “quilombos” que fez o mito transformar-se em moderno símbolo da resistência do africano à escravatura. O quilombo ocupava uma vasta área coberta de palmeiras, que se estendia de Cabo de Santo Agostinho ao Rio São Francisco. Um século mais tarde, esse território encontrava-se reduzido à região de Una e Serinhaém, em Pernambuco, e Porto Calvo e São francisco, atual Penedo no estado de Alagoas.
Autonomia
Na maior parte do período colonial, Alagoas pertenceu à Capitania de Pernambuco. Tornou-se comarca em 1711 e separa-se em 1817 para se transformar em Capitania Autônoma. A separação é uma represália do governo central à Revolução Pernambucana que eclodiu em 6 de março, e dentre as causas podemos destacar a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência das ideias iluministas propagadas pelas sociedades maçônicas.