O município foi criado com territórios do distrito de Três Morros e com parte de territórios dos distritos de Lajedo do Tabocal e de Maracás. Desmembrado de Maracás, com a denominação de Lafayette Coutinho. A cidade antes era conhecido como Baixa Alegre, devido ao caráter alegre e festeiro de seus moradores, sendo comum a profusão de festas como a do Reisado, a do padroeiro São Roque, as de São João e vários bailes, inclusive atraindo moradores das localidades vizinhas. E quando não mais tinham motivos para comemorar, os inventavam.
Junto ao potencial festeiro da chamada Baixa Alegre vivia ali uma comunidade muito religiosa. Eram em maioria católicos romanos que não aceitavam na comunidade, outras religiões ou outras interpretações de sua religião. A chegada de famílias protestantes desencadeou, juntamente com a chegada de mais uma missão de Bispos, as chamadas “Queimas de Bíblia”. A primeira foi realizada em 1940 e a última em 1984; os Bispos mandaram botar em frente à Sé Católica todas as Bíblias das famílias protestantes e lhes tocaram fogo.
Apesar da alegria e da fé do povo de Baixa Alegre, a comunidade passou por tempos de dificuldades. A seca contribuiu, como as de 1937 – 1938 e 1940. A água era negociada com a família Lopes, em cujas terras estava a fonte mais abundante e menos distante da comunidade, a maioria dos empregados vivia como diaristas (bóias-fria).
No início da ocupação das terras municipais, a economia girava em torno de lavouras de Café, Mamona, Fumo e Farinha de Mandioca. O escoamento dos produtos era feito através da estrada de ferro Nazaré das Farinhas/Jequié, inaugurada no início do século, com parada obrigatória na Estação do Baixão, onde tropeiros se reuniam para embarcar suas mercadorias e onde também era a parada para o transporte de pessoas e para a comunicação através dos correios. Mais tarde Baixa Alegre teve seu nome mudado para Vila dos Três Morros (Morro Alto, da Cruz e do Sabino),devido a sua situação geográfica, já como distrito de Maracás. Desmembrada de Maracás teve sua emancipação política a 20 de Fevereiro de 1962, na gestão do governador [Juracy Magalhães], pela lei número 1619, publicada no Diário Oficial do Estado em 1 de Março de 1962. Seu topônimo é uma homenagem ao médico paraibano radicado desde os tempos de estudante de medicina, em Salvador, e depois professor catedrático da Faculdade de Medicina da Bahia, Lafayette Coutinho de Albuquerque, (casado desde 1934 com a baiana Maria Francisca de Araújo Góes (Dona Chiká) com quem teve uma filha (1937) Lenise),secretário de agricultura e depois secretário de segurança do Estado, falecido inesperadamente aos 52 anos, de infarto fulminante, aos 6 dias de setembro de 1959. O bairro centro é o mais velho da cidade.