Aquiraz é um município brasileiro do estado do Ceará, localizado na Região Metropolitana de Fortaleza.
Situada na costa leste do litoral cearense, a 27 km de Fortaleza, a cidade de Aquiraz guarda em suas raízes as tradições indígena e do colonizador europeu, não esquecendo os marcantes traços da cultura africana espalhados em todo município.
A então vila foi criada pela ordem régia de 13 de fevereiro de 1699, efetivamente instalada em 27 de junho de 1713. Tornou-se, portanto, sede administrativa da capitania do Siará-Grande até o ano de 1726.
O topônimo Aquiraz vem do Tupi Guarani e significa Água logo adiante. Sua denominação original era Aquiraz, em 1710 São José de Ribamar, São José de Ribamar do Aquiraz e desde 1915 Aquiraz.
A história de Aquiraz mistura com os primeiros habitante destas terrras os índios Potyguara e outras tribos pertencentes ao tronco Tupi como os Jenipapo-Kanyndé[5]; os portugueses religiosos e militares que vieram habitar esta região devido os processos de aldeiamento e catequisação; e proteção contra os invasões de outros europeus.
A localidade Aquiraz, conheceu a presença dos portugueses, depois que estes resolveram explorar as terras ao norte da ponta do Iguape, na qual foi contruído o Reduto Novo.
A conhecida a primeira capital do Ceará. Em seu perímetro central, situado em torno da bucólica praça “Cônego Araripe”, a qual tem traçado de missão jesuítica, encontram-se as principais edificações de interesse histórico-arquitetônico do local. Entre elas podemos citar a imponente Igreja Matriz de São José de Ribamar, construída no século XVIII. O templo apresenta ecletismo no estilo, predominando os traços barrocos e neoclássicos, frutos das várias modificações que passou ao longo dos anos. Destaca-se no nicho central do altar-mor a imagem do padroeiro São José de Ribamar, calçado de botas, relembrando o bandeirante audaz. Segundo a lenda, ela foi encontrada por pescadores em uma das praias do lugar. A princípio quiseram levá-la para um outro povoado, entretanto nem mesmo um carro de boi conseguiu removê-la. Porém, quando surgiu a idéia de que a Igreja de Aquiraz seria o melhor local para o santo, este ficou leve e uma só pessoa conseguiu transportá-lo. O “São José de Botas” continua sendo alvo de grande devoção popular.
Outro monumento importante é a antiga casa de Câmara e Cadeia iniciada no século XVIII e concluída no ano de 1877. Atualmente o prédio sedia o Museu Sacro São José de Ribamar, fundado em 1967 sendo considerado o primeiro museu sacro do Ceará e o segundo do Norte-Nordeste. Seu acervo compõe-se de mais de 600 peças de caráter religioso datadas dos séculos XVII , XVIII e XIX, alusivas à fé do povo cearense. O antigo sobradão tem sua arquitetura original bastante conservada, pode-se observar as grades das antigas selas no pavimento inferior, e o assoalho reforçado com vigas de carnaúba na parte superior onde antes funcionava a câmara, o fórum e a prefeitura municipal. A peça mais importante do acervo é uma cruz processional de prata cinzelada datada do século XVIII, herança dos jesuítas que estiveram em Aquiraz.
O Mercado da Carne, hoje Mercado das Artes, século XIX, outrora centro comercial da cidade, impressiona o visitante pela particular técnica de construção, a qual prima pelo uso da carnaúba e do tijolo adobe. Sua parte central era o local de comercialização da carne, a harmonia geométrica da armação do telhado deixa transparecer o caráter arrojado do estilo. Os antigos pontos comerciais, situados na parte externa, foram durante décadas, o coração do comércio da cidade, fato que perdurou até o tombamento do prédio em 1988.
A Casa do Capitão-Mor é um raro exemplar do casario setecentista do estado. Conhecida também como casa da Ouvidoria, nome do primeiro núcleo judiciário do Ceará, o singelo edifício é feito com paredes de pau-a-pique, reforçada com amarras de couro de boi, uma referência material ao ciclo econômico das charqueadas, o qual predominou na região durante o século XVIII. A riqueza de detalhes confere ao “antigo palácio” uma atmosfera nostálgica; relembrando um passado distante, marcado por histórias de botijas, fugas de escravos e pela bravura e sagacidade do respeitado e temido “Capitão-Mor”.
Os jesuítas que permaneceram por 32 anos (1727–1759), fundaram no local, hoje chamado “sitio colégio”, o famoso “Hospício dos Jesuítas”. Hospício, no linguajar da época, significava “posto de hospedagem”, era lá aonde os padres missionários vinham recuperar suas forças para depois prosseguirem com sua missão de catequizar os aborígines nos mais longínquos confins da capitania.
A residência apostólica também abrigou o primeiro centro de ensino do estado e seu primeiro seminário, constituindo-se num dos únicos pólos difusores da cultura daquele tempo. O que restou do extinto estabelecimento são apenas as ruínas da antiga capela de Nossa Senhora do Bom sucesso, construída em 1753. Há ainda quem acredite numa famosa “maldição”. Segundo a lenda, quando os jesuítas foram expulsos, eles profetizaram que um dia o mar haveria de passar sete metros acima das torres da igreja matriz, espalhando o caos por toda a vila. Todos os bens da ordem foram confiscados, porém reza a tradição que parte dessas riquezas permanece escondida em algum recanto daquela velha habitação.
Os escombros das antigas Pontes Imperiais ainda podem ser contemplados nas margens do rio Pacoti. Conta-se que elas foram erguidas com material retirado das fundações do antigo “hospício”, quando este foi demolido em 1854.
A riqueza da aristocracia portuguesa de outrora ainda permanece a vista nas ruas do centro de Aquiraz, onde suntuosos casarões remetem aos modelos arquitetônicos de Portugal e do sertão. Algumas influências Mouras prevalecem intactas nas fachadas dos prédios, refletindo assim a opulência daqueles idos, conferindo um estilo “sui generis” ao casario da cidade.
A administração municipal localiza-se na sede: Aquiraz.
O município tem 8 distritos: Aquiraz(sede), Camará, Caponga de Bernarda, Jacaúna, João de Castro, Justiniano de Serpa, Patacas, Tapera.
Tropical quente semi-árido com pluviometria média de 1.532 mm [6] com chuvas concentradas de janeiro à abril[7].
As principais fontes de água são: rio Pacoti, Riacho Catu.
As principais elevações são: Barra do Pacoti, e as Praias do Botoque, Prainha e Iguape.
Vegetação costeira.
Agricultura:algodão , banana, caju, cana-de-açúcar, mandioca e feijão. Pecuária: bovino, suíno e avícola. Indústrias: 23. O turismo é uam importante fonte de renda, divido a cidade velha, arquitetura barroca porteguesa, o Museu Sacro São José de Ribamar e as praias do Iguape, Prainha, Baaro Preto e Batoque.
Os principais eventos são:
Este artigo é um esboço sobre Geografia do Ceará. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. |