A mistura de raças, as influências dos povos colonizadores e a herança indígena e africana, fizeram a riqueza e a variedade cultural do Espírito Santo.
Um estado que, além das belezas naturais, possui um patrimônio que conta sua história, preserva suas tradições e incentiva o exercício da cultura de forma plural – valorizando suas manifestações populares. É o caso das bandas de Congo e da festa popular de Ticumbi, ritmos herdados de índios e negros, e das danças dos imigrantes europeus que foram incorporadas ao folclore capixaba.
O Estado conta com diversos museus e relíquias históricas como o Convento da Penha, localizado em Vila Velha, construído em 1570, o Museu de Anchieta que guarda peças do mais alto valor sacro e histórico, o Palácio Anchieta construído no século XVI, atual sede do Governo do Estado, o Teatro Carlos Gomes construído no início do século e museus ligados à cultura Teuto-Italiana que se localizam nas Cidades serranas.
A tradição pesqueira e a herança da cultura indígena e negra influenciaram profundamente a culinária capixaba, tornando-a eclética, produto de muitas influências dos habitantes locais como portugueses, africanos e povos do norte da Europa. Com a vinda de imigrantes europeus novos pratos foram acrescentados à cozinha capixaba. Dos italianos, os que exerceram maior influência, temos o anholini, o tortei, a sopa pavese, o risoto e a polenta. Mineiros e baianos também trouxeram de suas terras pratos típicos, como o péla-égua (cangiquinha com costeleta de porco) e o vatapá.
A produção de panelas de barro e o artesanato de conchas de Piúma, produzindo colares, pulseiras, cinzeiros e enfeites de conchas e búzios, são o que há de mais típico no Espírito Santo. Em algumas praias, como a de Guarapari e Meaípe, podemos encontrar rendas de bilro e, em Aracruz, o artesanato indígena com enfeites e utensílios de uso doméstico de fibra vegetal.
Cada região do Estado manifesta seu folclore de forma própria. No Norte, em Conceição da Barra e São Mateus, o Ticumbi, o Rei de Boi, o Congo e o Alardo e, na região serrana, as festas tradicionais dos imigrantes, sendo uma das principais o Festival de Imigração Alemã, ou Sommerfest, em Domingos Martins, que ocorre no final de janeiro e início de fevereiro e a Festa da Polenta, em Venda Nova do Imigrante; a de Corpus Christi em Castelo; as Festas de Nossa Senhora da Penha, os festejos de Santo Antônio, em 13 de junho, de São Pedro dos Pescadores, em 29 de junho, e de Nossa Senhora da Vitória, dia 8 de setembro, em Vitória; a Festa de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de outubro, o Alardo, no Natal ou nos dias 19 e 20 de janeiro, em Guarapari.