Descrição
O Hino do estado de Goiás (Brasil) foi introduzido em 1919 sendo posteriormente alterada novamente em 2001. O hino original de 1919, composto por Teófilo Ottoni da Fonseca, foi promulgado pela Lei estadual n. 650, de 30 de julho de 1919. Em 2001 o hino foi alterado por uma nova versão, de autoria de José Mendonça Teles e melodia de Joquim Jayme, sancionada pela Lei estadual nº 13.907 de 21 de setembro de 2001.
Letra original
No coração do Brasil,
Domínio da primavera,
Se estende a terra goiana,
Que nos legou Anhanguera.
O bandeirante, atrevido,
Desbravador do sertão,
em cada pedra abalada,
Deixou da audácia um padrão.
Em cada pico azulado,
No dorso da serra erguido,
Recorda a lenda encantada
De algum tesouro escondido.
Outrora a terra, esquecida,
Mas sempre augusta no porte,
Viveu a lei do destino,
Vergada aos lances da sorte.
Depois, volvida, alentada
Do grato influxo estafante
Do vil metal reluzente,
Tornou-se Estado possante.
E hoje, estante, orgulhosa,
No labutar do progresso,
Riquezas , dons naturais
Ostenta em vasto recesso.
Este céu tão estrelado,
Este solo tão fecundo
Parecem provar destino
De ser o solar do mundo.
Este clima salutar,
Esta brisa embalsamada,
Noite e dia, são cantadas
Nos trinos das passaradas.
Seus lindos bosques nativos,
Orlando campos e montes,
Ao sol ocultando c’a sombra,
A clara tinta das fontes.
Buritizais alinhados,
Quais batalhões da natura,
Ali defendem co’os leques,
Da chã leveza e frescura.
De sul a norte, afinal,
Da natureza no arquivo,
A fauna, a flora se enlaçam
Em doce amplexo festivo.
Este solo que pisamos
Hoje, em fraternal abraço,
É berço da liberdade,
Da Pátria Amada um pedaço.
Outrora fora o retiro
Dos filhos do Mucunana;
Mas hoje a terra, exaltada,
É a nossa Pátria Goiana.
Goianos, nobres, altivos,
Da liberdade alentados,
Jamais consentem que os touros
Da Pátria sejam pisados.
Cantemos todos, unidos,
Da liberdade a vitória.
Mais um padrão ajuntemos
Aos faustos da nossa história.
Salve plêiade cintilante
De patriotas goianos
Que em sulcos e bênçãos pátrias
Conquistam louros, ufanos.
Desperta além, mocidade,
A voz do grande ideal
De fazer Goiás fulgir
No vasto Brasil Central.
Viva o Brasil respeitado,
Como Nação Soberana.
Viva o progresso encetado
Na bela terra goiana.
Santuário da Serra Dourada
Natureza dormindo no cio
Anhangüera, malícia e magia,
Bota fogo nas águas do rio.
Vermelho, de ouro assustado,
Foge o índio na sua canoa.
Anhangüera bateia o tempo:
-Levanta, arraial Vila Boa!
Terra Querida
Fruto da vida,
Recanto da Paz.
Cantemos aos céus,
Regência de Deus,
Louvor, louvor a Goiás!
A cortina se abre nos olhos,
Outro tempo agora nos traz.
É Goiânia, sonho e esperança,
É Brasília pulsando em Goiás!
O cerrado, os campos e as matas,
A indústria, gado, cereais.
Nossos jovens tecendo o futuro,
Poesia maior de Goiás!
Terra Querida
Fruto da vida,
Recanto da Paz.
Cantemos aos céus,
Regência de Deus,
Louvor, louvor a Goiás!
A colheita nas mãos operárias,
Benze a terra, minérios e mais:
-O Araguaia dentro dos olhos,
eu me perco de amor por Goiás!
Terra Querida
Fruto da vida,
Recanto da Paz.
Cantemos aos céus,
Regência de Deus,
Louvor, louvor a Goiás!