Mato Grosso

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Apresentação:

Mato Grosso é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado a oeste da região Centro-Oeste e a maior parte de seu território é ocupado pela Amazônia Legal, sendo o extremo sul do estado pertencente ao Centro-Sul do Brasil. Tem como limites: Amazonas, Pará (N); Tocantins, Goiás (L); Mato Grosso do Sul (S); Rondônia e Bolívia (O). Ocupa uma área de 903.357 km², pouco menor que a Venezuela. Sua capital é a cidade de Cuiabá.

As cidades mais importantes são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis,Barra do Garças, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres e Sorriso. Veja a lista de municípios e distritos de Mato Grosso. Extensas planícies e amplos planaltos dominam a área, a maior parte (74%) se encontra abaixo dos 600 metros de altitude. Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri, São Lourenço, das Mortes e Cuiabá são os rios principais. Veja a lista de rios de Mato Grosso.

Lingüisticamente, o nome Mato Grosso dentro de frases é acompanhado por artigo indefinido, como acontece com os estados de Minas Gerais, de Goiás e de Mato Grosso do Sul.
 
 

Características

 
Mato Grosso, talvez seja o Estado brasileiro que melhor represente os modernos e os antigos processos de formação cultural: o antigo – pela sua situação geográfica estratégica: os portugueses para cá vieram e estabeleceram pontos avançados de segurança contra a invasão espanhola nas divisas, onde, hoje, existem a Bolívia e o Paraguai e a busca de índios para trabalhos escravos com a conseqüente descoberta de gigantescas minas de ouro, o que marca o início do processo de miscigenação e formação da identidade – índio/branco/negro. O moderno, a partir do início do Século XX, pelo avanço rumo ao Oeste em busca de novas fronteiras agrícolas, que trouxe gente de todos os estados brasileiros provocando outra e definitiva formação cultural, transformando Mato Grosso em um Estado cheio de positivos contrastes e acentuada diversificação sócio-cultural.  

 

Cultura

 
Mato Grosso conta hoje com cerca de 42 etnias indígenas, com idioma e cutlura diferenciadas. Dessa forma, cada um desses povos mantém um calendário de atividades sócio-culturais. Essa diversidade, é transparecida pelo idioma, pelas pinturas corporais, ornamentos e danças.
 
Duas manifestações folclóricas típicas da região pantaneira poderiam ter sido extintas se não fosse a dedicação de gerações em passar para frente os versos, passos e seqüências que fazem parte da cultura popular de Mato Grosso. Tradições seculares de origem indígena, mais populares nas zonas rurais e ribeirinhas, o cururu e o siriri não foram registrados em livros, nem em museus. Eles foram passados de geração para geração, de pai para filho, e devem sua sobrevivência à tradição oral. Até hoje, há pouca bibliografia sobre o assunto e os estudos que existem se baseiam normalmente nos relatos e na memória de alguns personagens que, aos 50, 60, 70, 80 e quase 90 anos de idade, contribuem para manter a tradição viva.   

Rodovias

 
A malha rodoviária de domínio estadual é da ordem de 24 mil quilômetros. Apenas 10% desse total são de trechos pavimentados. O que é constatado é que as vias são de revestimento primário (chão batido), o que permite concluir que esta malha rodoviária não asfaltada deixa a desejar com relação ao atendimento satisfatório dos usuários, com agravante no período de chuva, onde as rodovias ficam intransitáveis.
 
BR-163 – A Cuiabá-Santarém liga a capital do Mato Grosso, Cuiabá, a Santarém, no Pará. A estrada atravessa uma das regiões mais ricas do País em recursos naturais e potencial econômico, sendo marcada pela presença de importantes biomas brasileiros, como a Floresta Amazônica e o Cerrado e áreas de transição entre eles, além de bacias hidrográficas importantes, como a do Amazonas, do Xingu e Teles Pires-Tapajós.
 
Os serviços nesse trecho são divididos em 2 lotes. O lote 1 compreende o segmento que vai da divisa do Mato Grosso com o Estado até o município de Novo Progresso. O Lote 2 segue do município de Novo Progresso até o início do trecho pavimentado da rodovia.
 

Histórico

 
Pelo Tratado de Tordesilhas (de 7 de junho de 1494) o território do atual estado de Mato Grosso pertencia à Espanha. Os jesuítas, a serviço dos espanhóis, criaram os primeiros núcleos, de onde foram expulsos pelos bandeirantes paulistas em 1680. Em 1718, a descoberta do ouro acelerou o povoamento. Em 1748, para garantir a nova fronteira, Portugal criou a capitania de Mato Grosso e lá construiu um eficiente sistema de defesa.
 
Durante as bandeiras, uma expedição chegou ao Rio Coxipó em busca dos índios Coxiponés e logo descobriram ouro nas margens do rio, alterando assim o objetivo da expedição. Em 1719 foi fundado o Arraial da Forquilha, as margens do rio Coxiponés formando o primeiro grupo de população organizado na região (atual cidade de Cuiabá). A região de Mato Grosso era subordinada a Rodrigo César de Menezes, para intensificar a fiscalização da exploração do ouro e a renda ida para Portugal, o governador da Capitania muda-se para o Arraial e logo a eleva a nível de Vila chamando de Vila Real do Bom Jesus de Cuyabá. Com os tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777), Espanha e Portugal estabeleceram as novas fronteiras. A produção de ouro começou a cair no início do século XIX. Em 1901, ocorreu um movimento separatista temporariamente controlado.
 
Em 1917, a situação se agravou, provocando intervenção federal. Com a chegada dos seringueiros, pecuaristas e exploradores de erva-mate na primeira metade do século XIX, o estado retomou o desenvolvimento.
Em 1977, a parte sul do estado foi desmembrada, formando assim um novo estado, o Mato Grosso do Sul.
Em 2009 o estado de Mato Grosso tem como governador Blairo Maggi e como vice-governador Silval da Cunha Barbosa.