Gurjão, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião do Cariri Oriental. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2006 sua população era estimada em 2.985 habitantes. Área territorial 343,21 km².
Em 1869, com a doação de uma sesmaria, foi iniciada a sua colonização propriamente dita. Seu nome primitivo foi Timbaúba do Gurjão. Duas epidemias de cólera se alastraram na região, a primeira em 1862. Durante a última epidemia, foi feita uma promessa a São Sebastião, caso o local não fosse atingido pelo mal, levantariam em sua honra uma capela e o acolheriam como padroeiro. A graça foi alcançada e os moradores logo se apressaram a cumprir a promessa.
O primeiro núcleo populacional tornou-se em terras de prorpiede do Coronel Antônio José de Farias Gurjão e, já em 1890 o local apresentava um aspecto de um pequeno povoado, com 10 a 12 casas. Daí para frente, novos moradores foram chegando, implantando sítios e fazendas e desenvolvendo as atividades comerciais e agropecuárias.
A história de Gurjão está diretamente ligada a de São João do Cariri, a quem pertenceu durante muito tempo na condição de distrito.
Em divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937, figura no município de São João do Cariri o distrito de Timbaúba do Gurjão.
Pelo decreto-lei estadual 1010, de 30 de março de 1938, o distrito de Timbaúba do Gurjão aparece denominado Timbaúba.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Timbaúba, ex-Timbaúba do Gurjão, figura no município de São João do Cariri.
Pelo decreto-lei estadual nº520, de 31 de dezembro de 1943, o distrito Timbaúba passou a denominar-se Gurjão.
Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1950, o distrito de Gurjão figura no município de São João do Cariri.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1 de julho de 1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Gurjão, pela lei estadual nº2747, de 2 de janeiro de 1962, desmenbrado de São João do Cariri. Sede no antigo distrito de Gurjão. Constituído de 2 distritos: Gurjão e Santo André, ambos desmembrados de São João do Cariri. Instalado em 25 de novembro de 1962.
Em divisão territorial datada de 31 de dezembro de 1963, o município é constituído de 2 distritos: Gurjão e Santo André.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17 de janeiro de 1991.
Pela lei estadual nº5906, de 29 de abril de 1994, desmembra do município de Gurjão, o distrito de Santo André. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído do distrito sede,
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
A economia do município de Gurjão é composta basicamente por atividades de pecuária, agricultura e comércio.
A pecuária figura como a principal atividade econômica de Gurjão. Destaca-se a criação de gado leiteiro e a caprino-ovicultura, esta última apresentando um forte crescimento e se consolidando como vocação natural da região.
Efetivo de Rebanhos (cabeças) Fonte IBGE-Pesquisa Pecuária Municipal |
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Asinino |
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Bovino |
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Equino |
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Galinha |
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Galo |
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Muar |
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Ovino |
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Suino |
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A seguir é apresentado o gráfico evolutivo dos principais rebanhos:
Indicador de Produção IBGE/2006 | Quantidade |
Número de Estabelecimentos com Produção de Leite de Vaca | 192 Estabelecimentos |
Produção de Leite de Vaca/Ano | 1.798 Mil litros |
Número de Estabelecimentos com Produção de Leite de Cabra | 16 Estabelecimentos |
Produção de Leite de Cabra/Ano | 102 Mil litros |
Número de Estebalecimentos com Produção de Ovos de Galinha | 121 Estabelecimentos |
Produção de Ovos de Galinha/Ano | 26 Mil dúzias |
A agricultura é totalmente voltada à subsistência, tendo em vista os baixos índices pluviométricos e períodos chuvosos irregulares. As principais culturas são de milho e feijão.
De acordo com o Censo Agropecuário 2006 do IBGE temos os seguintes resultados:
Indicador | Resultado |
Número de Estabelecimentos Agropecuários | 282 Estabelecimentos |
Área dos Estabelecimentos Agropecuários | 25.443 hectares |
Número de Estabelecimentos com Área de Lavouras | 282 Estabelecimentos |
Área de Lavouras | 3.288 hectares |
Número de Estabelecimentos com Áreas de Pastagens Naturais | 215 Estabelecimentos |
Área de Pastagens Naturais | 13.763 hectares |
Número de Estabelecimentos com Área de Matas e Florestas | 49 Estabelecimentos |
Além disso, o cultivo da palma forrageira se executa continuamente, em grandes áreas reservadas para esse fim pelos produtores. A finalidade do cultivo dessa cultura é de servir como base alimentar dos rebanhos em épocas de estiagem e escassez de pastagens.
O comércio também ocupa um lugar de destaque em sua economia.
Os dados do IBGE de 2005, apresentaram as seguintes informações a respeito do seu Produto Interno Bruto:
Semi-árido típico do interior do Nordeste, região conhecida como o Polígono das Secas, que corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São Francisco. Sofre a influência da massa tropical atlântica que, ao chegar à região, já se apresenta com pouca umidade. Caracteriza-se por elevadas temperaturas (média de 27°C) e chuvas escassas (em torno de 750 mm/ano), irregulares e mal distribuídas durante o ano. Há períodos em que a massa equatorial atlântica (superúmida) chega no litoral norte de Região Nordeste e atinge o sertão, causando chuva intensa nos meses de fevereiro, março e abril.
Caatinga arbustiva, típica das regiões mais áridas nordestinas. Único bioma exclusivamente brasileiro. Vegetação praticamente composta por cactos, arbustos e árvores típicas. Em termos forrageiros, apresenta espécies como o pau-ferro, a catingueira verdadeira, a catingueira rasteira, a canafístula, o mororó e o juazeiro que poderiam ser utilizadas como opção alimentar para caprinos,ovinos, bovinos e muares. Entre as de potencialidade frutífera, destacam-se o umbú, o araticum, o jatobá, o murici e o licuri e, entre as espécies medicinais, encontram-se a aroeira, a braúna, o quatro-patacas, o pinhão, o velame, o marmeleiro, o angico, o sabiá, o jericó, entre outras.
Quanto à fauna, os felinos (onças e gatos selvagens), os herbívoros de porte médio, as aves (ararinha azul, aves de arribação, quero-quero, galo-de-campina, carcará, etc.) e abelhas nativas figuram entre os mais atingidos pela caça predatória e destruição do seu habitat natural. Também habitam a região o sapo-cururu, o gambá, o preá, o tatu-peba e o sagüi.
Festa de Padroeiro – São Sebastião
No dia 20 de janeiro é comemorado o dia de São Sebastião, padroeiro do município de Gujão. É uma festa de cunho religioso. Nesse período se realiza missas em homenagem ao santo e uma belíssima procissão onde os fiéis aproveitam a oportunidade para pagar promessas. Paralelamente se realiza uma festa de rua, com quermesses e estruturas típicas.
Festa de São João
Como em quase todos os lugares do Nordeste, acontece em Gurjão festejos em homenagem a São João, santo que tem seu dia comemorado no dia 24 de Junho. Nesse período se realiza os famosos festejos juninos, com festa de rua, quermesses, comídas típicas.
Festa do Bode na Rua e Exposição de Caprinos e Ovinos
Historicamente na última quinzena do mês de Julho, Gurjão promove a já tradicional Festa do Bode na Rua, em função de sua forte vocação na pecuária de caprinos e ovinos. Espetáculos musicais, apresentações folclóricas regionais, palestras e mini-cursos são realizados. Paralelamente é realizada uma exposição de caprinos e ovinos, leilões de animais e feira de negócios alavancando ainda mais a economia do município.
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