Em 1748, precisamente no dia 8 de novembro, Francisco Dias D’Ávila, senhor da casa da Torre e proprietário a mais de três décadas de uma fazenda de gado existente na referida localidade, denominada Piancó, cedeu boa parte dessas terras para formar o patrimônio da primeira igreja, dedicada a Santo Antônio, erguida às margens do Rio Piancó, com uma arquitetura invejável, mantida até os dias atuais. Representou o doador durante o ato jurídico de transferência de bens, o Mestre de Campo Pedro Alves de Araújo (filho do fundador da povoação Manuel de Araújo Carvalho) e como curador e administrador da beneficiária o Sargento-Mor Manuel da Silva Passos. Esse acontecimento é tido como o marco oficial da oficialização da fundação de Piancó, motivo pelo qual a data é anualmente lembrada com diversas comemorações.
A emancipação política foi conquistada em 11 de dezembro de 1831, recebendo a denominação de Vila Constitucional de Santo Antonio de Piancó. Sua instalação oficial se deu no dia 2 de maio de 1832. Já a Comarca foi criada pela lei provincial 250, de 9 de outubro de 1884, suprimida por decreto de 17 de abril de 1890 e restaurada pela lei nº 8, de 15 de dezembro de 1892. O retrocesso voltou a ser registrado pôr pouco tempo, no ano de 1916, quando nova supressão veio a ocorrer por iniciativa do Padre Aristides, chefe de política dominante, em represália ao Juiz de Direito da época, que acabou removido, trazendo em conseqüência a normalização do trabalho forense.
Origem de nome
O nome Piancó originou-se do chefe dos Índios Coremas, que assim se chamava. Foram eles os primeiros habitantes da região. O mesmo nome foi dado ao rio que banha todo o Vale do Piancó, constituído de vinte cidades. A palavra Piancó em Tupi significa terror, pavor.