Paraná

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Apresentação:

O Paraná é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na região Sul do país e tem como limites São Paulo (a norte e leste), oceano Atlântico (leste), Santa Catarina (sul), Argentina (sudoeste), Paraguai (oeste) e Mato Grosso do Sul (noroeste). Ocupa uma área de 199.314 km², pouco maior que o Senegal.

Sua capital é Curitiba e outros importantes municípios são Londrina, Maringá, Cascavel, Toledo, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, São José dos Pinhais, Guarapuava, Paranaguá, Apucarana.

O Paraná é o quinto estado mais rico do Brasil, está atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O Paraná apresenta uma estreita planície no litoral, e a serra do Mar é a borda dos Planaltos e Serras de Leste-Sudeste. Após a Depressão Periférica, no centro-leste do estado, surgem os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.

Os rios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná drenam a quase totalidade do estado. Os principais cursos d’água são, além do próprio rio Paraná, o Paranapanema, o Iguaçu, o Tibagi o Ivaí e o Piquiri.

Cultura

É muito rica, justamente por ter recebido a contribuição dos portugueses e espanhóis; dos africanos e indígenas; dos imigrantes italianos, alemães, holandeses, poloneses, ucranianos, japoneses, árabes, coreanos, chineses e búlgaros; dos gaúchos, catarinenses, mineiros, baianos e nordestinos.

Bibliotecas   A Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba (PR), é a maior e mais completa biblioteca do estado em número de acervos bibliográficos.As mais completas bibliotecas estão em Curitiba: a Biblioteca Pública do Paraná, a Biblioteca do Museu Paranaense, as bibliotecas da Faculdade de Direito, da Faculdade de Medicina, da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Paraná e a da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.

Museus   O Paraná tem 51 museus. Na capital, o Museu Paranaense, o mais importante de todos os museus do estado, guarda objetos de arte antiga e peças indígenas; o Museu David Carneiro tem documentos históricos, artísticos e arqueológicos; o Museu Guido Viaro, o Museu Oscar Niemeyer, e o Museu Alfredo Andersen contém telas de pintores famosos e objetos de arte; o Museu da Imagem e do Som guarda depoimentos de diversas pessoas ligadas à vida artística. Em Paranaguá está o Museu de Arqueologia e Artes Populares, da Universidade Federal do Paraná, e no município da Lapa, o Museu das Armas. Na cidade de Londrina se encontram o Museu Histórico de Londrina e o Museu de Arte de Londrina. Em Ponta Grossa encontra-se o Museu Campos Gerais, da Universidade Estadual de Ponta Grossa(UEPG). Em Cascavel o Museu de Artes de Cascavel e Museu da Imagem e do Som de Cascavel. Em Guarapuava, dentre os principais, encontra-se o Museu da Imigração Suábia, que conta imigração suábia no distrito de Entre Rios, o Museu Municipal Visconde de Guarapuava, que conta a história da cidade e do período Imperial Brasileiro e o Museu de Ciências Naturais da Unicentro, que descreve os ecossistemas terrestres.

Turismo

O Paraná é um dos estados que tem um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagui. Foz do Iguaçu com cerca de 250 quedas-d’águas e 75 metros de altura, é conhecida internacionalmente. A Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo.

Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas) e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo.

As praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pontal do Paraná e Praia de Leste são as mais freqüentadas do Paraná. São procuradas por turistas não só no verão, mas também no inverno, quando parte da população vai para o litoral fugindo do frio do planalto.

Curitiba tem pontos turísticos interessantes que merecem ser visitados: o Relógio das Flores, montado em um grande canteiro; o bairro de Santa Felicidade, onde se encontram vários restaurantes com comidas típicas de diferentes países; a “Boca Maldita”, na avenida Luís Xavier, a “menor do mundo”, pois tem apenas um quarteirão, onde políticos se reúnem no final da tarde para conversar sobre os principais assuntos do dia e trocar informações; as feiras de arte e artesanato aos sábados e domingos, além de parques e bosques.

  Caminho de Ferro entre Curitiba e Paranaguá.Paranaguá, a primeira cidade fundada no Estado, em 1648, guarda em suas igrejas de estilo barroco alguma coisa da história da época. Pode-se ir de litorina da capital até Paranaguá numa viagem bastante interessante. A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá corta a serra do Mar através de túneis e viadutos, atravessando precipícios a todo instante. A beleza da paisagem, formada pela mata quase virgem e por diversas quedas-d’água, e valorizada pelos abismos. De lancha, pela baía de Paranaguá, pode-se alcançar a ilha do Mel, onde a história e a natureza se misturam.

Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a München Fest de Ponta Grossa, o Festival de Música de Londrina, Festival do Folclore, a Feira do Comércio e Indústria e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar).   Represa dos Alagados, no rio Pitangui, sul do Paraná.Possui um anfiteatro subterrâneo com uma queda d’água de 30 metros de altura, também debaixo da terra. O município apresenta ainda outras paisagens naturais muito apreciadas e uma rica reserva ecológica, que inclui locais como os chamados caldeirões do inferno, que são depressões circulares de até 107 metros de profundidade, com 80 metros de diâmetro. Numa dessas cavidades, um teleférico vertical leva os visitantes até uma profundidade de 54 metros, de onde se pode caminhar até um lago subterrâneo. Outro acidente geográfico de rara beleza na região é a lagoa Dourada, paraíso da fauna aquática local. A lagoa é alimentada por um rio subterrâneo, cuja ação erosiva desgastou as rochas e provocou a formação de cavernas em seu interior. O fundo da lagoa está coberto por uma camada de mica que faz a água brilhar como se fosse de ouro, quando exposta aos raios solares.

Rodovias

BR-369 é uma rodovia federal diagonal brasileira. Anteriormente conhecida como Rodovia dos Cereais, a rodovia BR-369 inicia-se no entroncamento com a Rodovia Transbrasiliana (BR-153), na divisa entre o Paraná e São Paulo, até a cidade de Cascavel/PR. A rodovia está localizada integralmente em território paranaense e entre os municípios atravessados pela BR-369 destacam-se: Londrina, Apucarana, Campo Mourão e Cascavel.

A Econorte é responsável pela segurança, restauração e pavimentação da rodovia

A BR-376 é uma importante rodovia diagonal brasileira, que liga Dourados, em Mato Grosso do Sul, à Garuva, em Santa Catarina. No trecho paranaense, ela é conhecida como Rodovia do Café. No trecho entre Garuva e Curitiba, incorpora a BR-101.

BR-277, também denominada como Grande Estrada, é uma rodovia federal transversal do Brasil. Foi inaugurada em março de 1969, e tem 730 km de extensão, com início no Porto de Paranaguá e término na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. Saindo de Curitiba, a rodovia se sobrepõe a Rodovia do Café, até sua interessão com seu trajeto original no km 140.

BR-116 é a principal rodovia brasileira. É uma rodovia longitudinal que tem início na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará e término na cidade de Jaguarão, no estado do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai.

A extensão total da rodovia é de aproximadamente 4,385 quilômetros, passando por dez estados, ligando cidades importantes como Pelotas, Porto Alegre, Caxias do Sul, Curitiba, São Paulo,São José dos Campos, Taubaté, Resende, Barra Mansa, Rio de Janeiro, Pelotas, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Fortaleza.

História

As primeiras movimentações de colonizadores no Estado do Paraná tiveram início no século XVI, quando diversas expedições estrangeiras percorreram a região à procura de madeira de lei. No século XVII, portugueses e paulistas começaram a ocupar a região, a partir da descoberta de ouro e a procura de índios para o trabalho escravo. A mineração, no entanto, foi legada a segundo plano pelos colonizadores, que se dirigiram em maior número às terras de Minas Gerais. Até o século XVIII, existiam apenas duas vilas na região: Curitiba e Paranaguá. Esse processo retardou a ocupação definitiva da área, que pertenceu à Província de São Paulo até meados do século XIX, com sua economia baseada na pecuária. Logo após conquistada sua autonomia, em 1853, teve início um programa oficial de imigração européia para a região, principalmente de poloneses, alemães e italianos.

Guerra do Contestado Revolta de camponeses ocorrida entre 1912 e 1916, chegou a envolver cerca de 50 mil pessoas numa região de litígio na fronteira entre os Estados do Paraná e Santa Catarina. O conflito teve início com a instalação de duas empresas norte-americanas na região, uma construtora de estradas de ferro e uma exploradora de madeira, que levaram mão-de-obra de fora para trabalhar nos empreendimentos e iniciaram um processo de expulsão dos posseiros que cultivavam a área, originando o movimento de fanáticos religiosos, liderados por “beatos” locais, entre os quais se destacou José Maria, que foi seguido por romeiros expulsos de suas terras.