Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba (N), do Ceará (NO), de Alagoas (SE), da Bahia (S) e do Piauí (O), além de ser banhado pelo oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 98.311 km² (pouco menor que a Coréia do Sul). Também faz parte do seu território o arquipélago de Fernando de Noronha. Sua capital é a cidade do Recife (a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas).
A origem do nome Pernambuco é controversa, alguns estudiosos afirmam que era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para o pau-brasil (Caesalpinia echinata). A mais aceita no entanto é que o nome vem do tupi Paranã-Puca, que significa “onde o mar se arrebenta”, uma vez que a maior parte do litoral do estado é protegida por paredões de recifes de coral.
No Recife o Galo da Madrugada é o maior bloco carnavalesco do mundo, e que em 1995 foi registrado no Guiness Book, reunindo um número de pessoas quase igual à população da cidade. A igreja católica mais antiga do Brasil, construída em 1535, está localizada em Igarassu.
Pontos turísticos
O litoral do estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados. Além das praias, possui o arquipélago de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural da Humanidade, e suas 16 praias. Faz divisa ao norte com a Paraíba e ao sul com Alagoas.
Litoral Sul
O litoral sul do estado, que têm cerca de 110 km de praias, é famoso por diversas praias conhecidas nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas.
Turistas de todo o país se hospedam nos luxuosos hotéis e resorts do litoral. Conta também com importantes pólos industriais, principalmente petroquímicos, e o porto de Suape, de importância nacional.
Praia mais famosa do litoral sul, Porto de Galinhas ajuda a duplicar a população de Ipojuca todo verão. Os 60 mil habitantes do município desfrutam de 10 mil vagas de trabalho, diretas e indiretas, provenientes exclusivamente do turismo, ultrapassando a capacidade máxima de 7 mil postos oferecidos pelo secular trabalho nos latifúndios de cana-de-açúcar. Segundo a Associação da Indústria Hoteleira em Pernambuco (ABIH/PE), 90% da mão-de-obra empregada nos hotéis, restaurantes, lojas de artesanato e demais segmentos turísticos são oriundos da próprio município de Ipojuca e arredores.
As principais praias do litoral sul são as dos municípios de:
A economia do litoral sul não-urbano é baseado em turismo e artesanato. Em Porto de Galinhas, há diversos restaurantes, bares, lojas de artesanato e de artigos de mergulho, casas de shows, além de dezenas de hotéis e pousadas.
Litoral Norte
O Litoral Norte do Estado é mais densamente habitado do que o litoral sul, quase urbanizado por completo desde a Região Metropolitana do Recife até a divisa da Paraíba. Tem um dos sítios históricos mais importantes da região, como o município de Olinda e a de Itamaracá, povoada desde 1508. Construções do brasil-colônia, como o Forte Orange, são muito visitados por turistas que passam pela região.
Além das praias, também é conhecido por ter o Veneza Water Park, um dos maiores do Brasil, na praia de Maria Farinha.
As principais praias do Litoral Norte são as dos municípios de:
O estado administra a ilha de Fernando de Noronha, famosa ilha, que atrai muitos turistas todos os anos, que vão lá atraídos pelas belas praias, algumas das mais bonitas de todo o país. A ilha também é considerada o melhor lugar para à prática de Surf de todo o Brasil, e é lá que ocorrem os principais campeonatos da modalidade no Brasil.
BR-101, na costa do estado, no sentido de norte-sul, passsando pela Grande Recife.
BR-232, que se estende em sentido leste-oeste partindo da cidade do Recife, onde começa no trevo da avenida Abdias de Carvalho com a BR-101, em direção ao interior do estado. A ligação BR-316/122/407/428/110 faz a ligação das localidades da margem esquerda do São francisco em Pernambuco entre Petrolina e Petrolândia.
A história de Pernambuco começa com a expedição de Gaspar de Lemos, em 1501, que teria criado feitorias ao longo da costa da colônia portuguesa e muito provavelmente em Igarassu, local ao qual, anos depois, Cristóvão Jacques estaria incumbido da sua defesa. Erguida, provavelmente, na entrada do Canal de Santa Cruz, em Igarassu a feitoria teria por objetivo estabelecer vínculos com os nativos, obter informações acerca das possíveis riquezas do interior e vigiar o litoral de possíveis investidas de navios de outras nações. É oficializada em 1532, quando foi criada a capitania de Pernambuco (ou Nova Lusitânia), doada a Duarte Coelho, que fundou Igarassu e Olinda e iniciou a cultura da cana-de-açúcar. Em 1630, a capitania foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais, que, desembarcando na praia de Pau Amarelo, derrotou a frágil resistência portuguesa na passagem do Rio Doce, invadiu sem grandes contratempos Olinda e derrotou a pequena, porém aguerrida, guarnição do forte (que depois passaria a ser chamado de Brum), porta de entrada para o Recife através do istmo que ligava as duas cidades. (Mauritsstad, ou Mauricéia), até então com poucos habitantes portugueses. Maurício de Nassau ajudou a desenvolver a cidade, com diversas obras de infra-estrutura, benefícios fiscais e empréstimos. Neste período, Recife foi considerada a mais próspera e urbanizada cidade das Américas e com a maior comunidade judaica de todo o continente, sendo construída nessa época a primeira sinagoga da América.A primeira ponte da América Latina também foi construída na gestão de Nassau, em 1643.
Por diversos motivos, sendo um dos mais importantes a exoneração de Maurício de Nassau do governo da capitania pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o povo de Pernambuco se rebelou contra o governo, juntando-se à fraca resistência ainda existente, num movimento denominado Insurreição Pernambucana. Com a chegada gradativa de reforços portugueses, os holandeses por fim foram expulsos em 1654, na segunda Batalha dos Guararapes. Foi nesta ocasião que se diz ter nascido o Exército brasileiro.
Após a expulsão holandesa, o estado passou a declinar junto com restante do Nordeste, devido à transferência do centro político-econômico para o Sudeste, o que resultou em conflitos como a Revolução Pernambucana e a Confederação do Equador, movimento separatista pernambucano. A qualidade do açúcar refinado holandês, agora produzido nas Antilhas, superior ao mascavo brasileiro, também ajudou a acelerar a decadência do estado, que era baseado nos latifúndios de cultivo de cana-de-açúcar. Buscando novos meios de renda, aumenta o comércio no estado gradativamente. Este efeito foi estopim de revoltas como a Guerra dos Mascates.
Atualmente há diversos Engenhos de cana-de-açúcar abertos a visita, permitindo um mergulho profundo na cultura da região através do turismo rural.