O artesanato de Pernambuco espelha e manifesta populações, sociedades detentoras de saberes, de tecnologias, de maneiras de transformar o que a generosa natureza oferece em matérias-primas, possibilitando inúmeras produções que abastecem o imaginário com louças de barro, entalhes nas madeiras, tecelagem de fios, redes de dormir, indumentárias, couro, papel, reciclagem de diferentes materiais, etc…
Foram Holandeses, Africanos, Índios, Portugueses, Judeus, Sírios, Libaneses, entre tantos e tantos outros que introduziram culturas e, assim, diferentes maneiras de ver e interpretar o mundo.
A culinária pernambucana teve influência indígena, africana e portuguesa. Esta mistura de tradições e culturas resultou em uma culinária rica de sabores, cores e perfumes.
As tradições são muitas e sempre seguidas à risca. Na Semana Santa, por exemplo, não falta à mesa da família permambucana o peixe ou camarão acompanhados de bredo, arroz e feijão cozidos no leite de coco.
No São João as comidas de milho estão presentes na pamonha, canjica (no Sul do país conhecido como curau), bolo de milho. Mas não é só isso. Também não faltam na mesa junina os bolos de macaxeira, pé-de-moleque e o famoso bolo Souza Leão (receita secreta da família de mesmo nome).
Literatura popular é focado em folhetos chamados Cordel. Impressa em forma de versos, histórias fantásticas saídas da imaginação dos seus criadores (“A Mãe que Xingou o Filho no Ventre e ele Nasceu com Chifre e com Rabo”) ou relatam tragédias (“As Enchentes no Brasil no Ano 74”), fatos históricos (“A Guerra de Canudos”) etc.
Os folhetos são livrinhos de 4 por 6 polegadas, impressos em papel barato e geralmente têm a capa ilustrada por uma xilogravura. Por muito tempo, esses folhetos foram a única fonte de informação e divertimento da população mais pobre do Nordeste e ainda hoje eles são encontrados em feiras-livres e mercados populares.
O termo Literatura de Cordel deve-se ao fato de que os folhetos ficavam expostos à venda pendurados num barbante (cordão, cordel). A origem do folheto de Cordel, segundo Luís da Câmara Cascudo, deve-se à iniciativa dos cantadores de viola em imprimir e vender a sua poesia e à “adaptação à poesia das histórias em prosa que vieram de Portugal e da Espanha”.