Rio Grande do Norte

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Apresentação:

O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na Região Nordeste e tem como limites a norte e a leste o Oceano Atlântico, ao sul com a Paraíba e a oeste com o Ceará. É dividido em 167 municípios e ocupa uma área de 52.796,791 km², sendo um pouco maior que a Costa Rica. Sua capital é a cidade de Natal e a sua atual governadora é Wilma de Faria. O estado apresenta o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o menor índice de mortalidade infantil, o menor índice de desnutrição e a segunda maior expectativa de vida da Região Nordeste, além de ser o segundo estado mais seguro do país (atrás apenas de Santa Catarina). A capital do estado também é considerada a capital menos violenta do país e décima-quarta cidade mais segura do Brasil.

Possui uma população estimada em 3.013.740 habitantes, e as cidades mais importantes são Natal, Mossoró, Parnamirim, Assu, Tibau do Sul e Caicó. Outras cidades importantes são São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba, Macau e Tibau.

Apresentando um relevo modesto, com mais de 80% de sua área possuindo menos de 300m de altura, tem como rios principais o Potenji (que corta a capital), Moçoró, Apodi, Açu, Piranhas, Trairi, Jundiaí, Jacu, Seridó e Curimataú. As ilhas do Atol das Rocas também pertencem ao estado.

Caracteríticas

O Rio Grande do Norte é o maior produtor de petróleo em terra e de sal marinho do país, também se destacando no setor agropecuário como a carcinicultura, a fruticultura irrigada (abacaxi, banana, melão e coco-da-baía, dentre outros) e a tradicional pecuária. Na indústria, são relevantes o parque têxtil (principalmente o DIM em Macaíba e o DIM de Natal/Parnamirim) e as instalações de processamento de petróleo e gás natural da Petrobrás em Guamaré, o Pólo Industrial de Guamaré.

Embora o maior litoral dentre os estados brasileiros seja o da Bahia, o Rio Grande do Norte é o com maior projeção para o Atlântico, já que se situa em uma região onde o litoral brasileiro faz um ângulo agudo, a chamada “esquina do Brasil”. Foi por esse motivo, que os americanos decidiram estabelecer uma base aérea no estado durante a Segunda Guerra Mundial. Tal base, de tão importante que foi para o sucesso na Batalha da Normandia, foi apelidada na época de “Trampolim da Vitória”, devido ao grande “salto” que proporcionou para a frente aliada.

Cultura

O Rio Grande do Norte conta com importantes entidades culturais, como o Instituto Histórico e Geográfico, a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras e a Associação Norte-Rio-Grandense de Astronomia, todas com sede na Capital.

Abriga, também, várias bibliotecas e museus. Possui diversos monumentos tombados, entre os quais o mais importante é o Forte dos Reis Magos, marco inicial da ocupação do território.

Sua gastronomia foi herdada herdada um pouco da cultura dos índios, da dos negros e da dos povos colonizadores, e se apresenta bastante variada. Baseia-se nos frutos do mar, da melhor qualidade, pescados no próprio Estado e com tempero suave, além das carnes. Os mais típicos são: a carne de sol com arroz de leite, farofa de jerimum, feijão verde, paçoca e macaxeira frita ou batata doce, arrumadinho de charque, sarapatel, moqueca de carne verde, mousse de caranguejo, fritada de peixe-agulha, entre outros. As sobremesas mais comuns são: o bolo de rolo, de milho, de macaxeira, o doce de batata doce, cajú, coco, tamarindo, jerimum, jaca, canjica de milho verde, pamonha, etc., e como bebida o aluá, de origem indígena originária da fermentação de abacaxi ou milho e açúcar e a água-de-coco.

No Estado, os eventos populares sempre contam com manifestações folclóricas como o Fandango, Pastoris, Lapinha, Chegança (do ciclo do Natal), Boi-Calemba, Bambelô, Congo; e danças típicas como o Serrote. Seus principais eventos são: Santos Reis, Festa do Caju e Nossa Senhora dos Navegantes – Procissão de Barcos, todos em janeiro; Grande Vaquejada – Rodeios, em maio; Festa do Boi – Vaquejada, em outubro; Nossa Senhora da Apresentação, em novembro e o Carnatal, em dezembro.

Turismo

Graças ao sol do ano inteiro e às suas praias paradisíacas, dunas, lagoas, águas mornas e tranqüilas, o Rio Grande do Norte é um point turístico muito procurado.

São mais de 44 praias, entre elas se destacam: a de Pipa, uma das mais famosas Praias do Estado, com arrecifes, golfinhos sempre à vista e prática de surf e com o Santuário Ecológico de Pipa, uma área de Mata Atlântica com trilhas e guias; Genipabu, no Município de Extremoz, a mais famosa praia, onde se realizam inesquecíveis passeios de bugre e de dromedários pelas dunas, conta também com uma lindíssima lagoa; Ponta Negra, que conta com o Morro do Careca; Pirangi do Norte, com piscinas naturais formadas por bancos de corais e onde se encontra o maior cajueiro do Mundo, com copa de 7.000 m²; e a Praia da Redinha, onde podemos ver o Forte dos Reis Magos e um sistema de dunas com lagos de água doce, entre outras.

Durante 4 dias de dezembro, a população nativa se junta aos turistas numa grande folia. É o CARNATAL, um carnaval fora de época em Natal.

Rodovias

BR-304 é uma rodovia federal brasileira diagonal que liga Natal, capital do Rio Grande do Norte, até Fortaleza, capital do Ceará.

Importante salientar que a rodovia passa por Mossoró, que é a segunda cidade mais populosa do Rio Grande do Norte e uma das maiores e importantes cidades do interior nordestino.

BR-101 segue no sentido Norte – Sul por praticamente todo o litoral leste brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Tem dois trechos não construídos entre Peruíbe (SP) e Iguape (SP), e entre Cananéia (SP) e Garuva (SC). Encontra-se em duplicação entre Palhoça (SC) e Osório (RS).

BR-405 é uma rodovia de ligação, que liga as cidades de Cajazeiras, na Paraíba e Mossoró, no Rio Grande do Norte. Pode servir de rota alternatíva á BR-116.

BR-226 é uma rodovia transversal e se estende desde o estado de Rio Grande do Norte até o estado de Tocantins. O total de sua extensão é de: 1674,6 Km.

BR-427 é uma rodovia de ligação, com início em Pombal, na Paraíba, e término em Currais Novos, no Rio Grande do Norte, quando a estrada passa a se denominar BR-226, que vai até Natal. É a estrada mais importante da região do Seridó.

BR-110 faz a ligação rodoviária entre Salvador e Paulo Afonso. Em Pernambuco, possui trechos em pavimentação entre Petrolândia e Ibimirim e passa por São José do Egito antes de entrar na Paraíba. Neste estado, por sua vez, torna-se rodovia estadual (PB-110) e segue em direção ao norte, passando por Mossoró, no Rio Grande do Norte, e terminando a concessão federal no município de Areia Branca.

BR-104 é uma rodovia federal longitudinal do Brasil. Seu ponto inicial fica na cidade de Macau (Rio Grande do Norte), e o fim, em Maceió (Alagoas). Passa pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

A rodovia apresenta, ainda, dois trechos não construidos no Estado do Rio Grande do Norte.

BR-406 é uma rodovia federal de ligação brasileira. No caso dessa rodovia, localizada no Rio Grande do Norte, ela liga Natal a Macau, cidade conhecida pela produção de sal.

História

Com a distribuição das capitanias hereditárias, o então Rio Grande é doado, em 1535, a João de Barros pelo Rei Dom João III de Portugal. A colonização fracassa e os franceses, que traficavam o pau-brasil, passam a dominar a área até 1598, quando os portugueses, liderados por Manuel de Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, iniciaram a construção do Forte dos Reis Magos para garantir a posse da terra. O domínio lusitano durou até 1634, quando o Forte dos Reis Magos caiu em poder dos holandeses, que só foram expulsos em 1654. Nesse período, todos os arquivos, documentos e registros do governo português foram destruídos, o que até hoje dificulta a reconstituição da história da época [6]. Invasões preocupavam Portugal e uma vez que a capitania do Rio grande do norte ficava localizada no ponto mais estratégico da costa brasileira, o Rei retomou a posse da Capitania e ordenou a construção de um forte para expulsar os Franceses da costa. Em 1701, após ser dirigido pelo governo da Bahia, o Rio Grande do Norte passou ao controle da capitania de Pernambuco. Em 1817, a capitania aderiu à Revolução Pernambucana, instalando-se na cidade de Natal uma junta do governo provisório. Com o fracasso da rebelião, aderiu ao Império e tornou-se província em 1822. Em 1889, com a República, transformou-se em Estado.