Americana é um município brasileiro do estado de São Paulo e microrregião de Campinas, fundado em 27 de agosto de 1875. Seu nome se dá em virtude da vila que surgiu ao redor de uma estação de trem que na época servia ao município vizinho de Santa Bárbara. Como foi povoada em sua maioria por imigrantes norte-americanos, ficou conhecida como “Villa dos Americanos”, mais tarde “Villa Americana” e finalmente “Americana”. A cidade destaca-se por sua qualidade de vida, sendo a 19º colocada em IDH do estado de São Paulo, e a 59º do Brasil, além de ser a cidade com a menor taxa de mortalidade infantil do estado de São Paulo[5] e a cidade com menor taxa de homicídios da Região Metropolitana de Campinas.[6] É hoje um importante foco de investimento nacional e internacional. Com mão-de-obra qualificada em diversos setores, o município destaca-se como um dos principais pólos fabricantes de tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas da América Latina.
Os primeiros registros sobre a ocupação do território de Americana datam do final do século XVIII quando Domingos da Costa Machado I adquiriu uma sesmaria da coroa entre os municípios de Vila de São Carlos (atual Campinas) e Vila Nova da Constituição (atual Piracicaba e posteriormente Santa Bárbara d’Oeste). Nesta região foram formadas várias fazendas e pequenas propriedades rurais, sendo as principais delas a Fazenda Salto Grande, a Machadinho e a Palmeiras. Em 1866, as terras da região começaram a ser efetivamente povoadas por imigrantes norte-americanos sulistas, que após o fim da Guerra Civil Americana se refugiaram na região. O primeiro a chegar foi o advogado e ex-senador pelo estado do Alabama Cel. William Hutchinson Norris, que se instalou em terras próximo a casa sede da Fazenda Machadinho e do Ribeirão Quilombo. Em 1867 o resto de sua família chega ao Brasil acompanhado de dezenas de outras famílias de confederados, que aqui se instalaram para refazerem suas vidas como agricultores. Estas famílias se instalaram em vários pontos da região da Vila de Santa Bárbara, trazendo novas técnicas de cultivo, como o arado e o trole, e também a espécie de melancia conhecida como “Cascavel da Geórgia”.
O surgimento da vila que originou Americana é controverso, mas pode-se enumerar uma série de fatores que contribuíram para seu surgimento. O principal deles, sem dúvida foram as obras de prolongamento da linha tronco da Cia. Paulista e a construção da Estação de Santa Bárbara. Foi decidido que a estação seria construída defronte com a casa-sede da Fazenda Machadinho, de propriedade de Basílio Bueno Rangel. Com isso, a região começou a receber intensa movimentação dos funcionários da Cia. Paulista, e dos sitiantes da região, que aproveitavam a movimentação para venderem seus produtos. Alguns confederados inclusive ajudaram trabalhando na colocação dos dormentes do trilho. Foram formadas, então, as primeiras moradias temporárias dos funcionários da Cia. Paulista. A Estação é finalmente inalgurada em 27 de agosto de 1875,[7] com a presença de S.M.I. Dom Pedro II e também do Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel.
Nesta mesma época, o Cap. Inácio Correia Pacheco, outro propietário da Fazenda Machadinho, loteia parte de suas terras, onde aos poucos surge a pequena vila ao redor da estação. Com a construção da Estação de Santa Bárbara, pretendia-se facilitar o escoamento da produção das fazendas da região até o porto de santos. A estação foi batizada com este nome, porque estava em terras da Vila de Santa Bárbara, que embora distante 10 quilômetros, não possuía uma estação em sua vila. A divisa entre os municípios de Santa Bárbara e Campinas era o Ribeirão Quilombo, sendo as terras além dele pertencente a Campinas, e as aquém pertencentes a Santa Barbara.
Também em 1875 é fundada pelo confederado Willian Ralston associado aos irmãos fazendeiros Antonio e Augusto de Souza Queiroz, a futura Tecelagem Carioba. Em 8 de outubro de 1887, chegou ao Brasil Joaquim Boer, chefiando uma grande comitiva de imigrantes italianos, que passou a residir na Fazenda Salto Grande, que na época era de propriedade de Francisco de Campos Andrade. Em 1884, a Tecelagem Carioba é adquirida pelos irmãos ingleses Clement e George Willmot, que a ampliaram, fazendo algumas melhorias, e iniciaram a construção da Vila Operária. Também foram eles que em 1889, a batizaram como Fábrica de Tecidos Carioba, palavra que em tupi significa “pano branco”. Após a abolição da escravatura, em 1888 os irmãos ingleses, que também eram proprietários da Fazenda Salto Grande, ficaram endividados com o Banco do Brasil, e acabaram falindo em 1896, passando a fábrica por um hiato de cinco anos. Foi neste mesmo ano, que os italianos construíram a primeira capela da Igreja Católica nas terras da Fazenda Salto Grande em meados de 1896, quando foi rezado uma missa em homenagem a Santo Antônio, que posteriormente tornou-se padroeiro da cidade.[8] [9] [10]
A pequena vila formada ao redor da estação não tinha um nome oficial. Este fato gerou um grande problema para os moradores da vila, que tinham dificuldades para se corresponderem. As cartas eram destinadas a “Vila da Estação de Santa Bárbara”, mas eram entregues na “Vila de Santa Bárbara”, e acabavam sendo perdidas, numa época em que este era o principal, senão o único meio de comunicação das pessoas. Em 1900, a Cia. Paulista decide mudar seu nome para Estação de “Villa Americana”. Este nome foi escolhido por causa dos americanos confederados que moravam na vila. Logo a vila ficou conhecida pela consagração popular como “vila dos americanos” ou “vila americana”. Em 1901, a falida Fábrica de Tecidos Carioba é arrematada em um leilão pelo Comendador alemão Franz Müller, em assossiação com seu irmão Hermann Theodor, e com o capitalista inglês Rawlinson.
O Comendador Müller muito encantado com a beleza natural do lugar onde a tecelagem estava instalada, resolve la se instalar com toda sua família em 1902. Na administração da Família Müller a fábrica cresceu e ganhou projeção nacional, tornando-se a célula-mãe do Parque Industrial de Americana. A Vila Operária de Carioba[11] foi ampliada e recebeu toda a infraestrutura necessária aos funcionários da fabrica. Em 30 de julho de 1904, após anos de briga judicial entre os poderes executivos de Campinas e Santa Bárbara, sobre quem teria direito sobre o território da vila, o poder executivo estadual cria pela lei nº 916, o Distrito de Paz de Villa Americana, dentro do município de Campinas.[12] Em 1906 o Secretário de Estado dos Estados Unidos Elihu Root em visita oficial ao Brasil, é informado da existência da Villa Americana, e mostrou interesse em conhecê-la. Depois de terminado todos os compromissos na volta de sua viagem, ele desembarcou na estação de Villa Americana e foi recebido com grande emoção por americanos e descendentes. Como a localidade ainda não tinha energia elétrica, as centenas de americanos que foram recebê-lo levavam tochas, que na noite escura, formavam uma visão impressionante. Root emocionou-se a ponto de chegar às lágrimas.[13]
Após a elevação da vila à categoria de distrito, viu-se um rápido desenvolvimento. Criou-se o primeiro serviço policial, uma sub-prefeitura, a primeira iluminação pública feita com três lampiões de querosene trazidos da Alemanha e a criação da primeira escola oficial com o envio do Prof° Silvino José de Oliveira pelo estado. Todos estes feitos foram criando as condições necessárias para que seus moradores começassem a lutar pela sua emancipação. No ano de 1922, Villa Americana era um dos distritos de paz mais progressistas de Campinas, e tinha uma população de 4500 habitantes. Neste ano iniciou-se a luta política pela emancipação, encabeçada por Antonio Lobo e outros como o tenente Antas de Abreu, Cícero Jones e o próprio Hermann Müller. O trabalho destes e de tantos outros moradores da vila finalmente deu frutos. Em 12 de Novembro de 1924, foi criado o Município de Villa Americana,[14][15] composto de dois distritos: o de Villa Americana e o de Nova Odessa que mais tarde dera origem ao município de Nova Odessa.
Na época do advento da ditadura varguista em 1930, Villa Americana vivia uma fase de profundo crescimento principalmente na indústria têxtil. Em 1932 durante a administração do prefeito Antonio Zanaga, eclode a Revolução Constitucionalista contra o regime vigente. Vários jovens de Villa Americana foram voluntários nesta guerra. Três deles, Jorge Jones, Fernando de Camargo e Aristeu Valente (este último de Nova Odessa; então parte de Americana) acabaram tombando em Monte Sião e hoje são considerados heróis em Americana e Nova Odessa.
Em 1938, ainda na gestão do prefeito Antonio Zanaga, a cidade, devido ao grande crescimento, abandona o nome de Villa e passa a se chamar apenas Americana. A década de 1930 foi o auge do desenvolvimento econômico de Americana, que passou a ser conhecida como a capital do Tecido Rayon. O progresso e o desenvolvimento acentuado na segunda metade do século XX provocou a criação da Comarca de Americana, durante a administração do prefeito Jorge Arbix em 31 de dezembro de 1953. Em 1959 na administração do prefeito Abrahim Abraham Nova Odessa é emancipada tornando-se um município autônomo de Americana.
As décadas de 1960 e 1970, foram marcadas pelo rápido desenvolvimento da cidade, fazendo com que muitas pessoas viessem a procura de emprego e moradia. Como o território do município é pequeno ele não comportou esse crescimento, e essas pessoas só tiveram a opção de se estabelecer na divisa entre os municípios de Santa Bárbara d’Oeste e Americana, gerando o fenômeno de conurbação no local e dando origem a região conhecida como Zona Leste de Santa Bárbara. Esse fenômeno ocorreu também pelo fato de que a maioria da população desconhecia onde terminava um município e começava outro. Isso se dava porque o limite dos municípios ainda não estava totalmente fixado. O problema foi resolvido e a divisa das cidades foi finalmente fixada, tendo como limite a avenida que corta a região, que recebeu o nome de Avenida da Amizade.[8][9][10]
A década de 1990 foi marcada pela crise no setor têxtil, do qual a cidade sempre dependeu muito. A principal causa da crise foram as importações de tecidos de baixo custo, criando uma concorrência desleal com as tecelagens brasileiras. A crise só não foi pior porque a cidade já passava por um processo de diversificação da economia, processo que aumentou nos anos seguintes. Hoje, apesar de a indústria têxtil ainda ter presença marcante, a cidade se destaca em outros setores de produção, como metalúrgico, químico e alimentício; os serviços também crescem.[16]
Americana está localizada na região centro-leste do estado de São Paulo, Região Sudeste do Brasil.
Com uma altitude média de 528,5 metros o território do município é levemente acidentado, sem elevações expressivas, apresentando as características da parte planáltica denominada depressão periférica paulista. O solo integra a região sedimentar paleozoica (massapé e terra roxa).
A cidade está localizada na bacia do Rio Piracicaba, que se forma em Americana, na junção dos rios Atibaia e Jaguari. O Rio Atibaia forma a Represa de Salto Grande, onde se encontra a Usina Hidrelétrica de Salto Grande, em operação desde 1949 com três unidades geradoras. Há também inúmeros córregos e ribeirões, sendo o Ribeirão Quilombo o principal deles.
O clima é tropical com inverno seco (Köppen: Aw), com temperatura média mínima de 15,3° e máxima de 28,2°.
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
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Temperatura Máxima (média) °C | 30,2 | 30,3 | 29,9 | 28,1 | 26,1 | 25,0 | 25,2 | 27,3 | 28,3 | 28,9 | 29,4 | 29,4 | 28,2 |
Temperatura Mínima (média)°C | 18,8 | 19,0 | 18,3 | 15,6 | 12,9 | 11,4 | 10,9 | 12,2 | 14,2 | 15,9 | 16,8 | 18,1 | 15,3 |
Chuvas mm | 238,7 | 185,3 | 144,6 | 63,4 | 58,0 | 41,6 | 27,3 | 28,6 | 57,6 | 114,2 | 140,8 | 191,7 | 1291,8 |
Fonte:Unicamp – Cepagri[17] |
Desde sua formação, Americana sofreu declarada influência de portugueses, americanos, alemães, árabes e outros, porém, apesar de ter representantes de todos estes povos, a origem da população atual é predominantemente italiana, em virtude dos colonos que se fixaram na terra, desde o século XIX.
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(*) Projeções Fonte:Prefeitura[18] Seade[19] |
População total: 205.473
Fonte:SEADE/IBGE[19]
Cor/Raça | Percentagem |
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Branca | 84,3% |
Preta | 2,4% |
Parda | 12,0% |
Amarelo | 0,8% |
Indígena | 0,2% |
Fonte: Censo de 2000[carece de fontes?]
Atualmente, o poder executivo na cidade é exercido, para o mandato 2009/2012, pelo prefeito Diego De Nadai (PSDB), pelo vice-prefeito Dr. Seme Calil Canfour e pelos secretários municipais nomeados pelo prefeito.
A Câmara Municipal de Americana é composta por treze vereadores, e é dirigida pela Mesa Diretora, que é eleita pelos vereadores a cada dois anos. O atual presidente da câmara (2009/2010) é Cauê Macris (PSDB), e o vice-presidente Marco Antonio Alves Jorge (PDT).
Americana é hoje um importante foco de investimento nacional e internacional[carece de fontes?]. Com mão-de-obra qualificada em diversos setores, o município destaca-se como um dos principais pólos fabricantes de tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas da América Latina. Americana é a 72ª cidade mais rica do Brasil e a 4ª mais rica da Região Metropolitana de Campinas, exibindo um PIB de R$ 4,3 bilhões.[21]
A cidade conta com o serviço de quatro shoppings, sendo o Via Direta (shopping das malhas), Welcome Center, Smart Mall e Tivoli Shopping, esse úlitmo, apesar de não estar em território americanense, está instalado na divida da cidade com Santa Bárbara D’Oeste (devido à falta de espaço na Zona Oeste de Americana), e foi construído com fins de servir à cidade e ao povo americanense. Está em discução a construção de um shopping maior que o Tivoli Shopping, na parte final da Avenida Brasil.
Em janeiro de 2009 foi concluída a construção do portal oficial do município,[22] visando recepcionar quem entra na cidade vindo da Rodovia Anhanguera. A escultura foi encomendada pela prefeitura municipal ao renomado escultor curitibano Luiz Gagliastri que o desenhou visando representar o tema “princesa tecelã”, uma vez que este é o apelido oficial do município. O Portal contem um grande arco sustentado por dois gigantes nus, sendo um homem e uma mulher, ambos pintados em cor de laranja. Segundo o artista, a sua obra é repleta de simbolismos representando a história do município, dentre os quais destacam-se os seguintes:[23]
Fonte: Significa o futuro, a renovação, a vida.
O Parque Ecológico Municipal de Americana “Cid Almeida Franco”, foi inaugurado em 12 de outubro de 1984. Está localizado no final da Avenida Brasil, com uma área de 120 mil metros quadrados.
Posteriormente foi transformado em um dos mais bem estruturados zoológicos do estado de São Paulo. Atualmente uma das grandes finalidades do parque é utilizar os animais mantidos em cativeiro na realização de trabalhos de educação ambiental, tentando mostrar que nós temos a grande responsabilidade na sobrevivência das espécies animais e vegetais.
Atualmente contamos com um plantel de aproximadamente 500 animais (entre répteis, aves e mamíferos) de 100 espécies diferentes, sendo que mais de 80% deles pertecem a fauna brasileira. Muitos deles estão ameaçados de extinção, o que mostra a preocupação com o estudo e a conservação dos animais brasileiros.
Além dos animais em cativeiro que recebem cuidados especiais (recintos bem elaborados e alimentação especial), a área do Parque Ecológico recebe inúmeras espécies de aves livres e comuns na cidade, que encontram condições ambientais para sua sobrevivência. O número de visitantes tem sido de 500 mil por ano.
Os cerca de três milhões de tijolos, 30 metros de largura, 80 metros de comprimento, 22 metros de altura na nave central, 50 metros de cúpula e 42 metros de piso, revelam a imponência da Matriz. Além desta gigantesca estrutura arquitetônica em estilo neoclássico, a igreja guarda um rico patrimônio de arte sacra. Suas paredes e teto têm pinturas que são verdadeiras obras de arte, pintadas pelos irmãos Pedro e Uldorico Gentilli. Pedro Gentilli começou a trabalhar em 1961 e acabou morrendo envenenado pela tinta que usava em 8 de agosto de 1968. Adoeceu quando pintava o quadro da morte de São José, que foi mantido inacabado. A obra da pintura da igreja continuou com seu irmão Uldorico Gentilli, que terminou o trabalho em 1972. Além da pintura, esculpiu doze imagens para o lado externo da cúpula. Destas imagens, oito medem 3,4 metros de altura e quatro medem 2,40 metros. As figuras foram modeladas em barro e depois fundidas em cimento. Mais tarde, em 1959, foi instalado em cima da cúpula uma imagem de Santo Antonio com 4,10 metros de altura, junto com os sinos. De cada janela foi feito um vitral com um dos dez mandamentos, feitos por diversos artistas, seguindo as imagens bíblicas, já selecionadas pelo monsenhor Nazareno Maggi. A pintura foi feita em vidros importados da Alemanha, que foram cozidos no fogo. A igreja tornou-se um dos principais pontos turísticos da cidade. Está em andamento o projeto de transformação da igreja em Basílica. [20][24]
O rodeio de Americana teve início em 1987, através da parceria entre o CCA (Clube dos Cavaleiros de Americana) e Zé do Prato, o maior locutor de rodeios do Brasil. A idéia da festa surgiu durante uma romaria à Bom Jesus de Pirapora, do Presidente do atual CCA Beto Lahr. E o primeiro rodeio de Americana aconteceu no recinto da Fidam (Feira Industrial de Americana) no coração da cidade.
O evento, que começou com público de pouco mais de 25 mil pessoas, hoje atrai multidão superior a 400 mil pessoas. A festa ganha destaque pelas inovações tecnológicas, shows da atualidade e demais atrações, além de diversos prêmios.
O que mais chama a atenção na Festa do Peão de Americana é sua mega estrutura, só a arquibancada montada ao redor da Arena é considerada a maior da América Latina. Além disso, todos os camarotes oferecidos são amplos e bem decorados com acesso a um lounge tematizado em estilo country que todos os anos faz o maior sucesso. Outra facilidade é sua praça de alimentação que oferece variedades gastronômicas para todos os gostos.
Assim, como em todos os grandes rodeios, a Festa conta anualmente com a presença de artistas famosos da música sertaneja e do pop nacional que se apresentam em shows exclusivos para o evento. Para representar a religiosidade e a tradição da cidade, foi montada a Vila Aparecidinha, onde fica a Igrejinha de Nossa Senhora Aparecida, onde, antes da montaria peões e público fazem seus pedidos.
A qualidade do seu Rodeio já rendeu muitos prêmios para Americana. O principal deles foi o título de “Melhor Festa do Peão do Brasil”, através do troféu Arena de Ouro. A cidade ainda carrega o título de “Melhor Comissão Organizadora” e do “Melhor Público de Rodeio”, o que, garantem os organizadores, não foi nada fácil de conquistar.
Um dos orgulhos do Clube dos Cavaleiros de Americana é o fato de desde a criação da Festa, entidades assistenciais serem beneficiadas com direito a participarem do evento através da colocação de barracas dentro do Parque como forma de arrecadar fundos para seus trabalhos, cumprindo assim a intenção inicial do Rodeio.
Muitos visitantes deixam para comprar seu traje de peão na própria cidade para aproveitar os bons preços oferecidos. Além das muitas opções e estilos de chapéus, cintos e camisas estilo country, o forte do comércio local são as botas feitas de couro de avestruz. Depois das compras, nada melhor do que ir para o Parque de Rodeios e se entregar a emoção da Festa.
Americana possui zoneamento urbano que favorece a locomoção entre os diferentes pontos da cidade, facilitando acesso aos bairros e zonas industriais[carece de fontes?]. O município tem 95% de suas ruas asfaltadas, 95% de casas com rede de água e esgoto, 100% das residências com iluminação pública e 85% de seu esgoto é tratado. A coleta de lixo atende de forma diversificada 98% da cidade, contando residências, indústrias e hospitais. A coleta seletiva está sendo gradualmente implantada no Município. Americana com pouco mais de 200 mil habitantes já apresenta sinais, da rotina de cidades grandes, um deles é o trânsito pesado, que vem fazendo parte do cotidiano dos motoristas americanenses, com horários específicos, são eles: entre 6:00 e 8:00, entre 11:00 e 14:00 e entre 17:00 e 20:00.
Há o policiamento realizado pelos 191 policiais pertencentes ao 19º Batalhão da PM do estado de São Paulo. Americana tem 15 delegados, 27 escrivães, 40 investigadores e 187 guardas municipais da GAMA (Guarda Armada Municipal de Americana). O Corpo de Bombeiros se enquadra na categoria 1 como um dos mais bem aparelhados do Estado de São Paulo, com um contingente de cerca de 30 homens, que operam com duas viaturas de resgate e três de combate a incêndios.
A água de Americana é tratada pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE), que captura do Rio Piracicaba 900 litros por segundo de água, que em seguida é encaminhada para o processo de tratamento em uma das duas Estações de Tratamento de Água (ETA), que através de processo convencional tratam cerca de 77 milhões de litros de água por dia e distribui para mais de 60 mil residências do município.
Devido à presença de Cyanobactérias e algumas espécies de algas, a água de Americana é tratada com carvão ativado (10 ppm), pois o tratamento com cloro ou sulfato de cobre, provoca estresse nestes organismos, o que pode causar a liberação de toxinas na água. O tratamento com carvão ativado não oferece nenhum risco à população.
Durante todo o tratamento são realizadas análises de controle operacional que visam aferir a eficiência de cada fase do processo empregado. Diariamente são feitas coletas em vários pontos da cidade com a finalidade de se realizar analises físico-químicas e microbiológicas, nos laboratórios da ETA, no intuito de garantir a qualidade da água distribuída e a conformidade com a legislação federal vigente (portaria 1469 – FUNASA – MS).
Além de todo o controle laboratorial utiliza-se como auxiliar um lago de controle biológico de qualidade, onde espécies sensíveis de peixes detectam as menores variações nos aspectos físico-químicos da água tratada. [25]
São 38 estaduais de 1º e 2º graus, um centro estadual de ensino Supletivo (Ceesa), um Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (ETE Polivalente).
São duas escolas de ensino fundamental (EMEF), 31 Escolas de Ensino Infantil (EMEIs), quatro Centros Integrados de Educação Pública, um centro Atendimento Integrado à Comunidade (CAIC), doze creches e quatro Casas da Criança (Ensino Infantil Integrado).
São nove de 1º e 2º graus, 35 de educação infantil e duas de educação especial.
O transporte coletivo urbano é feito pela empresa Viação Princesa Tecelã (VPT) e pela Viação Cidade de Americana (VCA).
Diariamente circulam 50 linhas na cidade, sendo atendidas com 109 ônibus, transportando em média 14 milhões de passageiros por ano. Além das linhas intermunicipais gerenciadas pela EMTU-SP.
A cidade conta com um terminal rodoviário que atende 71 mil pessoas por mês para linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais.
Americana também conta com uma frota de 102 taxis.
O Aeroporto de Americana é um importante referencial do tráfego aéreo da região, possui pista asfaltada, iluminada (para vôos noturnos), com balizamento e dimensões de 1200×30 metros.
São realizados cerca de 260 pousos e decolagens mensalmente. Em aprovação no SERAC-4 e na ANAC o Plano Emergencial para Acidentes Aeronáuticos e o Plano Básico de Zonas de proteção e de Ruído. Seu projeto de revitalização encontra-se em andamento.
A cidade é privilegiada no atendimento às necessidades de saúde da população, graças aos investimentos da Prefeitura na manutenção de um dos melhores e mais bem equipados hospitais públicos, dos 20 postos de saúde e uma policlínica, que formam uma rede bem aparelhada para o atendimento ao município.
Além dessa rede municipal que oferece atendimento gratuito, tem o reforço de seis hospitais particulares, dando uma ótima relação leito/habitante, acima da recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Construído em 1981, o teatro que outrora foi palco de apresentações de vários artistas, permaneceu por mais de uma década em total abandono, tornando-se ponto de prostituição e uso de drogas. Em 2000 iniciou-se as obras de reforma, que por motivos financeiros só foram concluídas quatro anos depois, sendo reinaugurado em 22 de setembro de 2004. A intenção dos engenheiros com o projeto de remodulação do teatro era dar a idéia de um circo, um local de espetáculos alegre e de múltiplas atividades. Para tal o teatro foi coberto com uma lona branca em arco, que trouxe uma característica ímpar, além de um tom de leveza e brancura. O teatro oferece 1100 cadeiras na platéia coberta, 02 camarins e amplo estacionamento.
Inaugurado no ano de 1988, o Teatro Municipal ocupa o prédio do antigo “Cine Brasil”, que por décadas foi um dos principais pontos de encontro dos jovens americanenses. Desde sua inauguração tem abrigado grandes apresentações culturais como espetáculos e festivais de teatro, dança e música, além de atividades de cunho social e projetos de valorização das artes por artistas da cidade e região. Depois de pesquisarem a melhor locação em cidades de todo o Brasil, os produtores do filme “Por Trás do Pano” (Brasil, 1999, com Denise Fraga) decidiram pelo Teatro “Lulu Benencase” porque a sala possui as características típicas de um teatro tradicional, despertando no imaginário do público a paixão por esta expressão artística. O teatro tem capacidade para 824 lugares.
A Biblioteca Municipal “Professora Jandira Basseto Pântano” foi fundada em 25 de outubro de 1955. Ocupa o antigo prédio do Grupo Escolar “Dr. Heitor Penteado”, na praça Comendador Müller, ao lado da Matriz de Sato Antônio. Possui aproximadamente 41.429 livros de Assuntos Gerais e 9051 livros Infanto-Juvenis, totalizando 50.480 livros (junho de 1999). Com um acervo de periódicos de 114 títulos totalizando 24445 fascículos e 46 revistas infantis totalizando 3.252 fascículos. A média de público mensal no ano de 1998 foi de 600 pessoas, sendo o período da tarde o de maior movimento. Possui seu quadro de associados com 31900 sócios inscritos até dezembro de 1998.
A biblioteca leva o nome da professora Jandyra Basseto Pântano, nascida em 27 de outubro de 1916, em Villa Americana. Fez seus primeiros estudos nas Escolas Reunidas, uma das primeiras escolas fundadas na cidade. Concluiu o curso normalista em Campinas. Em janeiro de 1938 foi nomeada para exercer o cargo professora substituta efetiva do Grupo Escolar “Dr. Heitor Penteado”. Na escola passou 22 anos do magistério como professora primária dando exemplo de assiduidade e trabalho. Ela conquistou seus alunos pela firmeza de caráter e bondade de coração. Trabalhou com todas as séries, mas a de sua preferência foi sempre o quarto ano, pois com esses alunos a suas preocupação era prepará-los para a vida. A professora aposentou-se em 9 de março de 1968 e morreu em 7 de junho de 1988. Mesmo depois de largar o ensino oficial, Jandyra Basseto continuou recebendo alunos em sua casa. Ela chegou até a alfabetizar adultos e a ajudar alunos carentes.
O Museu encontra-se na sede da antiga fazenda Salto Grande, um prédio do século XVIII, construído em taipa de pilão, com estrutura e fundações em madeira de lei, em estilo colonial mineiro, uma das mais antigas construções de toda região. Localizado na confluência dos rios Atibaia e Jaguari, o museu abriga um acervo diversifiado, formado por fotografias, mapas, objetos históricos, máquinas, mobiliário, instrumentos de tortura usados pelos capatazes para castigar os negros que trabalhavam na fazenda, e outros objetos, sempre buscando contar um pouco da história da consolidação da cidade, de seu povo e dos períodos históricos que ela presenciou. Ao lado do prédio localizava-se a senzala dos escravos, que desabou durante uma tempestade que atingiu a região. O prédio é tombado pelo Condephaat desde 1982, e no momento está fechado para restauração.
Localizada na antiga casa da Família Müller, a Casa de Cultura, vinculada a Secretaria de Educação e Cultura, tem como objetivo fomentar a produção cultural, oferecendo a população um espaço de lazer e atividades. O local é um recanto de rara beleza natural que chegou ao apogeu de seu desenvolvimento têxtil, arquitetônico e paisagístico, sob a administração de família Müller. Estes proprietários, de origem alemã, transportaram para a localidade toda a concepção de urbanização baseada num estilo que se materializou nas edificações das fábricas, residências patronais, hotéis, escolas, cooperativas e moradias dos operários. Carioba oferecia inúmeras possibilidades de educação e lazer em meio a uma intensa participação cultural. Por várias décadas o bairro foi o centro da atividade têxtil, até que em meados de 1940 o setor começou a se difundir em Villa Americana. As pessoas que nasceram em Carioba se empenharam pela preservação do conjunto arquitetônico, mas, durante a década de 1980, após o pedido de tombamento junto ao Condephaat ter sido arquivado, Carioba teve grande parte de seus prédios demolidos, principalmente as construções operárias. O acervo remasnescente é hoje de propriedade do poder público.
Funciona no antigo prédio da Estação Ferroviária de Americana, fundado em agosto de 1875 e que foi doado pela Fepasa para a Prefeitura Municipal. Com o fim do transporte ferroviário de passageiros, a estação foi entrando num processo de degradação que culminou na transformação do prédio em moradia de mendigos, menores e usuários de drogas, que inclusive a utilizavam como banheiro. Além do incômodo cheiro de urina, a estação atraía animais peçonhentos devido ao mato alto nos trilhos. Esta situação estendeu-se até 2004 quando foi restaurada e finalmente reinaugurada, no dia 22 de dezembro. Desde então nomeada como “Estação Cultural” está abrigando projetos da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade, como o Raízes e o Arte na Praça. O espaço conta ainda com áreas destinadas a Casa do Artesão, Cine Clube, salas de exposições e balcão de informações turísticas. A reforma da Estação foi uma parceria entre a Prefeitura Municipal e o Projeto de Revitalização da Área Central de Americana.
Instalado na antiga escola do bairro Carioba, foi inaugurado no dia 27 de agosto de 2001, data oficial da fundação do município (1875). O vasto e precioso arquivo de documentos oficiais, desde a fundação da Fábrica de Tecidos Carioba no ano de 1875, que coincide com a inauguração da Estação Ferroviária do Município, que contou com a presença de D. Pedro II, esta reunido em tradicional prédio, para pesquisa de estudantes, historiadores e demais interessados, onde também serão mantidas exposições permanentes. Como primeira etapa, foi providenciado a recuperação e adaptação do velho prédio. Na segunda etapa aconteceu o penoso trabalho de reunir e selecionar documentos que marcaram mais de 125 anos de história do nosso município, em parceria da Administração com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Americana (Condepham).
Criada em 1987 ainda como Orquestra de Câmara ela reunia pouco mais de 10 músicos com repertório voltado para o clássico e a música barroca. Mantida totalmente pela Prefeitura Municipal, se tornou Sinfônica em 1997, com a contratação de mais músicos completando os naipes de cordas, sopro de madeira e metal. Fazem parte da orquestra 44 músicos profissionais. A orquestra desenvolvende vários trabalhos que visam a valorização e a aproximação do público com a música sinfônica. Destaca-se o “Encontro com a Sinfônica”, dedicado as crianças e jovens que têm oportunidade de conhecer de perto o funcionamento de uma orquestra, os instrumentos musicais e o seu repertório. O Movimento Corais tem oferecido a oportunidade de participação dos vários corais existentes na cidade em concertos com a própria orquestra. Os concertos Clássicos são dedicados a execução das obras dos grandes mestres da música sinfônica. A orquestra também gravou um CD com a dupla Sá & Guanabira. Recentemente, foi lançado o segundo CD intitulado “Caipira Clássico” onde, em parceria com os violinistas Paulinho Nogueira e Laércio Ilhabela, recria alguns clássicos da verdadeira música caipira brasileira em arranjos sinfônicos. A Banda Municipal “Monsenhor Nazareno Maggi” foi fundada em novembro de 1973, e tem uma importante trajetória cultural de valorização da música de boa qualidade, com apresentações e participações em festivais, além de colecionar vários prêmios em concursos por todo o Brasil e revelar novos talentos.
No futebol a cidade está representada pelo Rio Branco Esporte Clube fundado em 4 de Agosto de 1913. O Rio Branco disputava a série A do Campeonato Paulista desde 1992 e foi rebaixado em 2007. Também pertence à Série C do Campeonato Brasileiro. Seu estádio é o Décio Vitta que tem capacidade para 15 mil pessoas. Americana é a cidade do Nadador Paraolímpico Danilo Binda Glasser. Ganhador de duas medalhas de bronze nas Paraolimpíadas de Sydney 2000 e Atenas 2004. Recordista Mundial Paraolímpico dos 50 Livre em piscina curta na classe S10. Ganhador de 12 medalhas Pan-Americanas, sendo 9 de ouro, 1 de prata e 2 de bronze. Foi eleito pelo COB o melhor atleta paraolimpíco do Brasil em 2000.
Data | Nome | Observações |
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17 de março | Dia do Façonista | Homenagem aos façonistas |
18 de maio | Dia da Defesa da Indústria têxtil americanense. | Relembra a importância da industria têxtil no município |
2 de junho | Dia da Comunidade Italiana | Homenagem aos descendentes de italianos |
13 de junho | Dia de Santo Antônio, Dia da Princesa Tecelã | Feriado municipal |
30 de julho | Criação do Distrito de paz de Villa Americana | |
Entre 17 e 27 de agosto | Semana Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural | Relembra a importância de se preservar o patrimônio histórico do município |
27 de agosto | Fundação de Americana | Data da inauguração da estação ferroviária |
20 de setembro | Dia do Guarda Municipal | Homenagem aos guardas municipais |
12 de novembro | Dia da criação do município de Villa Americana | Emancipação política de Americana |