Campina do Monte Alegre

Dicas incríveis da Cidade

Sobre a Cidade:

Campina do Monte Alegre é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se a uma latitude 23º35’31” sul e a uma longitude 48º28’38” oeste, estando a uma altitude de 612 metros. Sua população estimada em 2004 era de 5.876 habitantes.

História

Por volta de 1870 morava às margens dos rios Paranapanema e Itapetininga as famílias Gomes e Libâneo, que eram proprietárias das terras. Onório Gomes tinha apenas cinco anos quando saiu de sua casa em busca de animais pelos campos e acabou encontrando a imagem de um Santo dentro de um cupim. Na segunda vez que foi ao local, Onório levou a imagem para casa. A imagem tinha mais ou menos 20 cm, estava envolvida por um manto vermelho e tratava-se da imagem de São Roque.

Tempos depois, as famílias Gomes e Libâneo decidiram construir uma Capela onde tinha sido achada a imagem. A capela de São Roque foi construída de pau à pique e coberta com folhas de indaiá. Com isso muitas pessoas começaram a mudar para a capelinha, como estava sendo chamado o local. Formou-se então ali um pequeno povoado. José Libâneo, Maria Martins Vieira, Domingos Soares Camacho, Manoel Antunes Rodrigues, Elias Seabra de Lima e Maria Theodoro de Arruda doaram as terras para formação do povoado em 1912. A partir daí o local passou a ser chamado de “Terras de São Roque”. Havia também na região outra família, a família Aranha, que diziam ser os proprietários da Terra de São Roque, devido a isso o local recebeu o apelido de “Campina dos Aranhas”.

Campina dos Aranhas” foi rota do caminho ao sul, muitos tropeiros que por aqui passavam, acabavam por hospedar-se nos campos. Deixaram uma forte influência gaúcha. Durante a Revolução de 1932, “Campina dos Aranhas” foi campo de batalha. Sendo o sineiro da igreja de São Roque, alvo de um dos bombardeios. As terras onde se fixaram os habitantes da Campina do Monte Alegre é banhado por dois rios, o rio Itapetininga e o rio Paranapanema, que estão entre os únicos rios não poluídos do estado de São Paulo. Dois lugares eram privilegiados: o encontro das águas e a queda d’água. O encontro das águas acontece quando o rio Itapetininga deságua no rio Paranapanema ao pé de um monte, que é um marco, pois é avistado de todos os pontos do povoado. Por isso os moradores decidiram mudar o nome da cidade e incluir o monte nesse novo nome, para eles o monte era motivo de grande alegria, embelezava a cidade: o nome de Campina do Monte Alegre.

Campina do Monte Alegre foi emancipada por uma comissão presidida por Jorge Alberto Ferreira em 19 de maio de 1991.

Cruzeiro do Sul

Barracões da fazenda

O tijolo com a suástica

A fazenda Cruzeiro do Sul perto de Campina do Monte Alegre, comprada no começo do século passado pelo patriarca Luis Rocha Miranda e mantida pelos filhos, simpatizantes do movimento nazista brasileiro Ação Integralista Brasileira (AIB), foi palco de um esquema escravista e uma colônia assumidamente nazista nos anos 30. Os irmãos Rocha Miranda empregaram cerca de 50 meninos órfãos negros batizadas por números como escravos, trazidos do orfanato Casa da Roda de Rio de Janeiro, poucos meses depois da Machtergreifung (tomada de poder de Adolf Hitler) em 1933.

Na fazenda foram descobertos diversos edifícios construídos com tijolos com a marca da suástica nazista. Depoimentos de sobreviventes, fotografias e documentos revelaram ainda símbolos e cerimônias tipicamente nazistas empregados na época, como a obrigação de fazer o “anauê“, saudação oficial entre os simpatizantes do movimento integralista.

Depois da extinção da AIB após a instauração do Estado Novo em 1937 a fazenda foi limpada pela famíla Rocha Miranda e as crianças soltas. No começo dos anos 60 a fazenda foi adquirida por Arndt von Bohlen und Halbach, herdeiro da dinastia industrial alemã Krupp AG e filho de Alfried Krupp von Bohlen und Halbach. Serviu como local de férias para o filho e a mãe Anneliese, mas acabou ser vendida poucos anos depois.[6][7][8]

Geografia

Demografia

Dados do Censo – 2000

População Total: 5.209

  • Urbana: 4.180
  • Rural: 1.029
    • Homens: 2.676
    • Mulheres: 2.533

Densidade demográfica (hab./km²): 28,28

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 20,97

Expectativa de vida (anos): 68,71

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 3,15

Taxa de Alfabetização: 87,27%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,742

  • IDH-M Renda: 0,660
  • IDH-M Longevidade: 0,728
  • IDH-M Educação: 0,839

(Fonte: IPEADATA)

Hidrografia

Rodovias

Administração

  1. ? 1,0 1,1 Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. ? http://mapas.ibge.gov.br/divisao/viewer.htm
  3. ? Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.
  4. ? Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  5. ? 5,0 5,1 Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  6. ? Rede Record – Cruzeiro do Sul. www.rederecord.com.br. Página visitada em 2009-06-25.
  7. ? Nazi-Sklaven in Brasilien – einestages, 25.06.2009 (em alemão). einestages.spiegel.de. Página visitada em 2009-06-25.
  8. ? Jornal Cruzeiro do Sul: Marcas nazistas na região. www.cruzeirodosul.inf.br. Página visitada em 2009-06-25.