Paulínia

Dicas incríveis da Cidade

Sobre a Cidade:

Paulínia é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Localiza-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 118 quilômetros. Ocupa uma área de 139 km² e sua população estimada em 2008 pelo IBGE era de 81.544 habitantes.[3] Está localizado no eixo Rio-São Paulo, servindo de elo entre a Grande São Paulo e cidades da região, como Cosmópolis, Artur Nogueira e Conchal.

Graças à Replan[6] e ao polo petroquímico que estão sediados na região norte da cidade, Paulínia tem a sétima maior renda per capita do Brasil.[7] Também graças ao polo, tem altos níveis de poluição, principalmente no distrito de Betel e na região da Replan, onde se encontram empresas como: Rhodia, Purina, Shell, Petrobras e Galvani. A cidade se destaca pelo intenso crescimento populacional, o maior da Região Metropolitana de Campinas.[8]

O município é formado pela cidade de Paulínia e pelo distrito de Betel, na região leste. Paulínia faz parte do chamado Complexo Metropolitano Estendido, que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam 12% da população brasileira.[9]

Etimologia

José Paulino Nogueira, personalidade da qual derivou o nome Paulínia.

O termo Paulínia é uma homenagem a José Paulino Nogueira, fazendeiro campineiro que era um dos donos da Fazenda do Funil, localizada entre Paulínia e Cosmópolis. A vila que deu origem à cidade de Paulínia se chamava Vila José Paulino até 1944, quando uma lei federal proibiu localidades de terem nomes de pessoas vivas.[10] Devido a esse fato a vila foi elevada a distrito com o nome “Paulínia”.[11]

José Paulino nasceu no dia 13 de fevereiro de 1853 em Campinas. No fim do império, sendo membro do Partido Republicano, elegeu-se vereador na sua cidade natal, com Júlio de Mesquita e Salvador Penteado. Em março de 1889 ocorreu um surto de febre amarela em Campinas. José Paulino foi uma das poucas autoridades que não abandonaram a cidade. Ele combateu a doença e passou a ser querido pelos campineiros.[11]

No fim do século XIX, José Paulino e seus irmãos passaram a desbravar a Fazenda do Funil, entre Paulínia e Cosmópolis. Com a construção da Estrada de Ferro Funilense, foi construída uma estação no bairro de São Bento, que passou a ser denominado José Paulino. O pequeno bairro de São Bento cresceu ao redor da estação e passou a ser conhecido como José Paulino. Devido à lei que proibiu nomes de pessoas em localidades no ato de sua elevação a distrito, José Paulino passou a ser denominado Paulínia.[11]

História

Ver artigo principal: História de Paulínia

A história de Paulínia se inicia muito antes de sua emancipação, ocorrida em 1964; ela remonta ao começo do século XVI, com o início da ocupação da região de Campinas.[12]

Origens

Sede da fazenda São Bento, primeira construção de Paulínia, datada de 1902.

A história de Paulínia se inicia com a doação de sesmarias pelo governo português. Na região dos rios Atibaia e Jaguari há relatos da doação de duas grandes sesmarias que se localizavam onde atualmente se encontra a cidade. Entre elas estava a sesmaria Morro Azul, que foi doada em 1807. Dessa sesmaria se originou as fazendas São Bento, adquirida pelo Comendador Francisco de Paula Camargo, e a do Funil. Ambas têm uma grande ligação com o surgimento da cidade de Paulínia.[13]

A população paulinense foi formada principalmente por imigrantes italianos, que substituíram os escravos que trabalhavam nas fazendas após a abolição da escravatura, em 1888.[14] Atualmente a cidade é o destino de muitos imigrantes de cidades vizinhas, como Campinas,[15] e de outras partes do Brasil, especialmente nordestinos, que procuram melhores condições de vida.[16]

A cidade se origina do antigo núcleo José Paulino, que correspondia ao atual centro da cidade. Em 1903 foi inaugurada na Fazenda São Bento uma capela em honra ao mesmo santo. Posteriormente construiu-se uma réplica dessa capela, existente até hoje. Ao redor dessa réplica começou a se desenvolver um vilarejo denominado São Bento. Nessa época São Bento era um bairro periférico de Campinas.[14]

A construção da Estrada de Ferro Funilense, em 1899, mudou a ordem econômica do bairro São Bento. A Estação José Paulino, construída próxima à capela São Bento atraiu vários comerciantes para o bairro. Em 1899 surgiu a Vila José Paulino, resultada do desenvolvimento de São Bento. Em 30 de novembro de 1944, através do Decreto-lei 143334, José Paulino foi elevado a distrito com o nome Paulínia.[13]

Em 1942 a Rhodia instalou-se na Fazenda São Francisco, em José Paulino. Esse fato representou o aumento da arrecadação de impostos para Campinas. Em meados dos anos 60, um funcionário aposentado da Assembléia Legislativa de São Paulo, José Lozano Araújo, iniciou um movimento pela emancipação de Paulínia. O movimento culminou com o plebiscito realizado em 6 de novembro de 1963, que determinou a emancipação. Em 28 de fevereiro de 1964 foi publicada a Lei 8092,[17] criando o município de Paulínia.[13]

As primeiras eleições ocorreram em 7 de março de 1965, tendo sido eleito José Lozano Araújo. José Lozano fez grandes obras na cidade e foi o principal responsável pela instalação da REPLAN na cidade, pois doou o terreno e a isentou de impostos por 20 anos.[10][18]

Expansão econômica

Em 1968, o general Arthur Duarte Candal Fonseca, presidente da Petrobrás, anunciou a construção de uma refinaria de petróleo em Paulínia. As obras se iniciaram em 28 de fevereiro de 1969, no aniversário de cinco anos de emancipação, e a refinaria foi inaugurada em 12 de maio de 1972. Estavam presentes na cerimônia o presidente do Brasil, general Emílio Garrastazu Médici, o presidente da Petrobrás, Ernesto Geisel e o chefe do gabinete militar da presidência, general João Batista de Oliveira Figueiredo.[13]

A Replan atraiu milhares de imigrantes para Paulínia, além de outras empresas, que transformaram o município no maior complexo petroquímico da América Latina.[19][20] As indústrias em Paulínia se concentram em dois pontos distintos: a região da Replan e o distrito de Betel, que conseqüentemente são as regiões mais ricas e poluídas de Paulínia.[13]

História recente

A história recente de Paulínia é marcada por um grande desenvolvimento econômico e crescimento urbanopopulacional. A partir da década de 1980, quando foi inaugurado o hospital municipal, muitas obras foram sendo realizadas para aumentar a capacidade de atendimento de alguns serviços. Em 1981, o então prefeito de Paulínia, Geraldo José Ballone, encaminhou para a câmara de vereadores um projeto de lei que criava o hospital municipal. Na época a cidade possuía cerca de 20.753 habitantes, mas a população não tinha um estabelecimento público de saúde na cidade onde pudesse fazer exames e consultas.[21]

Nos anos 90, grandes obras foram reallizadas em Paulínia, entre elas a construção de uma biblioteca virtual, onde os cidadãos têm acesso gratuito a internet, o sambódromo de Paulínia, que é o maior sambódromo coberto do país, além da melhoria dos sistemas viários da cidade.[22]

O intenso crescimento urbano de Paulínia e cidades vizinhas provocaram o efeito da conurbação. Esse efeito é mais forte na divisa de Paulínia com Sumaré, entre os bairros Bom Retiro (Paulínia) e Maria Antônia (Sumaré), na divisa com Americana, entre os bairros Parque da Represa (Paulínia) e Praia Azul (Americana), e na divisa com Campinas, entre os distritos de Betel e Barão Geraldo.[23][24]

Paulínia tem crescimento territorial relevante. Em 1993 anexou o distrito campineiro de Betel[25] através de um plebiscito.[26] Bairros como Granja Coavi, Viacava e partes dos bairros São José, João Aranha e Marieta Dian, que ficam em Cosmópolis e Americana também tendem a serem anexadas por Paulínia.[27]

Geografia

Ver artigo principal: Geografia de Paulínia

Vista panorâmica de Paulínia

A geografia de Paulínia é homogênea, conta com um relevo plano e uma vegetação atlântica. A área do município é de 141,72 km², representando 0,0509% do território paulista, 0,0353% da área da região Sudeste do Brasil e 0,0017% de todo o território brasileiro.[28] Está a 118 quilômetros de São Paulo por via asfáltica, e 98 quilômetros em linha reta. Localizada na Depressão Periférica Paulista, em São Paulo, faz divisa com Cosmópolis (ao norte), Campinas (a sudeste), Sumaré (ao sul), Nova Odessa (a sudoeste), Jaguariúna (a leste), Holambra (a nordeste) e Americana (a oeste). Paulínia é um município onde grande parte da paisagem original foi modificada devido à ação humana.[29] Atualmente as poucas áreas verdes originais são protegidas afim de não desaparecerem.[30]

Paulínia se localiza no região centro-leste do estado de São Paulo, entre os rios Atibaia, Jaguari e os ribeirões do Quilombo e Anhumas. Na Região Metropolitana de Campinas, Paulínia se localiza na área central, não fazendo divisa com municípios fora da região. Paulínia é divida geograficamente em duas regiões principais, a norte, onde se localiza a REPLAN e o bairro São José, e a sul, onde ficam o Paulínia Shopping e o Theatro Municipal de Paulínia, onde foi realizado o I Festival Paulínia de Cinema. Essas duas regiões são divididas pelo rio Atibaia. A posição de Paulínia era um problema para as antigas fazendas localizadas nessa área, que viam os rios como “barreiras naturais ao desenvolvimento” da região.[31]

Vegetação e meio ambiente

A maior parte da vegetação original, a Mata atlântica, foi devastada, mas a prefeitura criou as áreas de preservação ambiental em recuperação, para recuperar áreas degradadas. As principais áreas onde a vegetação está intacta ou pouco alterada se localizam nas áreas dos bairros Cascata, Recanto dos Pássaros, Cabreúva, Betel, Planalto e Monte Alegre. Outras áreas preservadas se encontram em áreas rurais ou desabitadas, como o Jardim Harmonia, regiões isoladas de Betel, zonas limítrofes e áreas do norte de Paulínia.[31]

Rua Dorcelino R da Cunha, no São José.

Várias ruas e avenidas de Paulínia sofrem com a inundação quando chove. Entre as regiões onde esse problema é constante, se destacam os zonas baixas próximas à lagoa César Bierrembach nos bairros São José[32] e João Aranha[33], na avenida José Paulino[34], no bairro Recanto dos Pássaros[35] e Jardim Europa. Os problemas ocorrem principalmente à falta de bueiros e galerias para escoamento do excesso de águas, exceto no caso do Recanto dos Pássaros, que é atingido pelas cheias do Rio Atibaia[35].

A poluição do ar na cidade é intensa, devido principalmente à grande quantidade de indústrias poluidoras, como a REPLAN.

A cidade também sofre com a poluição hídrica que atinge alguns córregos da cidade. Os rios da cidade, principalmente o rio Atibaia, também são atingidos por contaminação com produtos químicos altamente nocivos à saúde, como em 1995, quando tornou-se pública a contaminação do rio Atibaia e do lençol freático próximo à área pela Shell, que devido às enchentes e ao fato de muitos moradores utilizarem poços, contaminou a população do bairro Recanto dos Pássaros, que foi obrigada a deixar o local.[36] Atualmente ainda há problema com a contaminação causada pela Shell, realizando-se, por isso, esforços para que não ocorra um problema maior.[37]

Várias áreas ambientais de Paulínia são pontos turísticos importantes, como o mini-pantanal e o Jardim Botânico, que é um dos mais respeitados do estado e do país.[38] Paulínia apresenta estresse ambiental, isto é, possui uma cobertura vegetal inferior a 5% da área do município, apresentando consequentemente maiores riscos de enchentes, assoreamento dos cursos de água, erosão e desaparecimento da fauna e da flora.[39]

Clima

O município de Paulínia pertence à zona climática designada pela letra C, com o tipo climático Cwa, segundo a Classificação climática de Köppen-Geiger. O clima de Paulínia é tropical, tendo, por isso, clima quente com invernos secos e verões chuvosos. A média climática é de 22°C e os meses mais chuvosos são novembro, dezembro e janeiro.[40][41] A região mais chuvosa de Paulínia é a REPLAN, que quase sempre tem um nível pluviométrico superior ao de outros bairros.

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Maior temperatura °C 28 28 28 27 23 23 23 25 26 27 27 28
Menor temperatura °C 19 18 18 17 13 12 12 13 14 16 16 18
Chuva (mm) 255.8 189,7 158,8 63,5 64,1 41,3 31,2 26,9 69,2 119,0 139,7 200,4
Fontes: [42][43]

Relevo e solo

Paulínia se localiza na chamada Depressão Periférica Paulista, formação entre os planaltos ocidental e atlântico (Serra do Mar e Serra da Mantiqueira). O território é homogêneo, registrando-se grandes variações de relevo apenas nos bairros Alto de Pinheiros, Vila Nunes, Marieta Dian, Santa Cecília e Tereza Zorzetto Vedovello. Os bairros mais altos de Paulínia se localizam nas regiões norte e leste da cidade, como os bairros Marieta Dian, São José e Parque das Indústrias.[44]

O solo de Paulínia também é homogêneo, sendo de boa qualidade na maior parte da cidade. É característico por ter bastante húmus o que facilita o desenvolvimento de plantações.[45]

Hidrografia

Vista do rio Jaguari, no limite de Paulínia e Cosmópolis.

Dois rios passam pela cidade de Paulínia: o rio Jaguari, que se localiza na divisa de Paulínia e Cosmópolis, e o rio Atibaia, que divide a cidade em duas partes e passa próximo ao centro. Além desses rios, vários riachos e córregos estão presentes em Paulínia, destacando-se o ribeirão Quilombo, na divisa com Sumaré e o ribeirão Anhumas, na divisa com Campinas e Jaguariúna. Entre os córregos se destacam o do Jacaré e Jacarezinho, que são afluentes do Jaguari, Areião, Veadinho, e São Bento, afluentes do rio Atibaia, e os córregos Betel, Fazenda do Deserto e da Velosa (este último na divisa com Sumaré), afluentes do Ribeirão Quilombo. O município conta também com vários lagos e lagoas, sendo as principais a Santa Terezinha, Armando Ferreira, Jardim Botânico, José Maria Malavazzi e César Bierrembach.[46]

Alguns córregos em Paulínia, como o do Jacaré correm o risco de desaparecerem devido a danos ambientais em suas nascentes. O córrego do Jacaré tem a sua nascente no canteiro central da avenida José Bordignon, próximo a um depósito de sucatas, e tem seus primeiros trechos cheios de lixo, que aos poucos podem comprometer também a lagoa César Bierrembach, que depende em grande parte desse córrego. O córrego Morro Alto, localizado no bairro de mesmo nome e afluente do rio Atibaia, desapareceu devido ao loteamento da área de sua nascente, onde foi criado o bairro Parque das Árvores.[46]

O rio Atibaia nasce no município de Bom Jesus dos Perdões, resultado da junção dos rios Atibainha e Cachoeira. Na cidade de Americana o rio é represado e a represa do Salto Grande, como é conhecida, se estende até os bairros paulinenses do Parque da Represa e Balneário Tropical. O rio Jaguari nasce em Minas Gerais e recebe afluentes importantes, como o rio Camanducaia. No território paulista o rio é represado fazendo parte do sistema cantareira e em Americana se junta com o rio Atibaia e forma o rio Piracicaba.[47]

Economia

Exportações paulinenses[48]
Ano Exportações (R$)
2003 166.065.926
2004 240.058.507
2005 345.316.502
2006 387.935.929
2007 460.190.677

Paulínia é a maior potência petroquímica da América Latina,[20][49][50][51] sendo sede da REPLAN, a maior refinaria da Petrobrás e do Brasil[52], além de possuir inúmeros outros estabelecimentos e indústrias do ramo, representando empresas como Transo, Shell, Exxon, Fic, Rhodia,[53] entre outras, que atraídas pela boa infra-estrutura e por vantagens da prefeitura, como a isenção ou diminuição de impostos municipais, se instalaram na cidade. O PIB per capita é bastante elevado, assim como seu PIB bruto, que é de R$ 6.416.467, representando assim a 45ª cidade com PIB mais elevado do Brasil.[54] Além do petróleo, Paulínia possui indústrias alimentares e mecânicas. Com o projeto Paulínia Magia do Cinema[55] é previsto um aumento de empresas ligadas ao turismo e ao cinema.[56] No município há 346 estabelecimentos industriais, 1679 comerciais e 1305 de serviços.[57] A força de trabalho formal em Paulínia era de 43.304 pessoas em 2001. Nos últimos anos o comércio exterior de Paulínia vem crescendo, como mostra a tabela ao lado.

Setor primário

Produção de Cana, Laranja e Milho (2007)[58]
Produto Área colhida (Hectares) Produção (Tonelada)
Cana-de-açúcar 3.677 275.780
Laranja 357 9.513
Milho 40 144

A agricultura tem pouca importância em Paulínia. Se destacam as culturas de cana-de-açúcar, milho e laranja. As regiões norte-noroeste se destacavam pela grande produção de laranja, mas essa cultura vem perdendo espaço para o loteamento das terras da região, com a criação de bairros como São José e Marieta Dian. A cana-de-açúcar ainda é destaque na região sul, com grandes áreas produtoras. No total, Paulínia tem 380 propriedades agrícolas, mas a grande maioria delas são de pequeno porte.[58]

Segundo o IBGE em 2006 Paulínia possuía um rebanho de 246 bovinos, 334 suínos, 95 equinos, 91 ovinos, e 292.490 aves, dentre estas 182.490 galinhas e 110.000 galos, frangos e pintainhos.[59] Em 2006 a cidade produziu 150.000 litros de leite de 97 vacas. Foram produzidos 3,285 milhões de dúzias de ovos de galinha.[59]

A lavoura permanente de Paulínia produz principalmente laranja (9.513 toneladas) e abacate (3.619 toneladas)[60]. Considerando a relação entre a área plantada e total colhido, se destacam a goiaba, que é produzida 45 mil quilos por hectare, e a tangerina, cujo rendimento é 46.500 quilos por hectare.[60] O café, que foi muito importante no passado, perdeu importância e atualmente se produz apenas 32 toneladas.[60]

Setor secundário

Vista de alguns tanques da REPLAN.

O setor secundário atualmente é a principal fonte geradora do Produto Interno Bruto paulinense. Representado principalmente pelas indústrias química e petroquímica, o setor secundário de Paulínia é conhecido pelo grande número de indústrias, especialmente multinacionais, a exemplo da estadunidense ExxonMobil e da neerlando-britânica Shell. O pólo industrial de Paulínia, formado por empresas como a Petrobras, dona da Refinaria do Planalto Paulista, a Replan,, Fic, Grupo Ipiranga, Eucatex e Rhodia torna a cidade no maior pólo petroquímico da América Latina. Outras empresas se destacam como a Nutriara, do ramo de alimentos, Cargill e Purina, do ramo de alimentação animal, Asga, do ramo de aparelhos de informática, entre outras.[61]

O setor que mais emprega em Paulínia é o terciário, que no início de 2001 empregou 978 pessoas. Já a construção civil foi o que mais empregou pessoas considerando o saldo entre as admissões e demissões, com 164 pessoas admitidas a mais que despedidas. A indústria de Paulínia é a segunda maior geradora do PIB da Região Metropolitana de Campinas, menor apenas do que a da metrópole vizinha.[62] O setor industrial responde por cerca de 50% do PIB paulinense.[61] Os derivados do petróleo representam os produtos mais produzidos em Paulínia, seguido de outros produtos químicos e de alimentos.

Setor terciário

A nível nacional, o comércio de Paulínia não possui destaque. No setor terciário, a cidade é conhecida por ter um grande pólo cinematográfico, construído através do projeto Paulínia Magia do Cinema e que já foi local de gravações de vários filmes, como o Menino da Porteira[55]. O turismo também tem importância no município.[63]

A avenida José Paulino, no centro de Paulínia, conta com importantes estabelecimentos comerciais, sendo grande parte deles filial de grandes redes nacionais. Outros centros comerciais importantes de Paulínia são os bairros Santa Cecília e Nova Paulínia, onde se localiza a rua Santa Cruz, sede de inúmeras clínicas médicas e outras lojas.[64]

Política

Administração

Ver páginas anexas: Lista de prefeitos de Paulínia e Vereadores de Paulínia

A administração se dá pelo poder executivo, poder legislativo e poder judiciário.

O primeiro representante do poder executivo e prefeito do município foi José Lozano Araújo, eleito logo após a emancipação do município. Em treze mandatos, onze prefeitos passaram pela prefeitura de Paulínia. Nos últimos anos o cargo foi ocupado por Edson Moura, eleito em 2000 e reeleito em 2004[65]. Em 2009 assumiu a prefeitura José Pavan Júnior (DEM),[66] que foi cassado no dia 20 de julho do mesmo ano. Assumiu interinamente o presidente da câmara, Marcos Roberto Bolonhezi, até o dia 22, quando Pavan retornou à prefeitura.

A câmara de vereadores representa o poder legislativo. Sua bancada é formada por dez vereadores, e está composta da seguinte forma[67]: duas cadeiras do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); uma cadeira do Partido dos Trabalhadores (PT); duas cadeiras do Democratas (DEM); duas cadeiras do Partido Progressista (PP); uma cadeira do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e duas cadeiras do Partido Social Democrata Cristão (PSDC). O Ministério Público é o representante do poder judiciário em Paulínia.

Divisão territorial

Ver página anexa: Regiões de Paulínia
Ver categoria: Bairros de Paulínia

Os bairros mais antigos de Paulínia são o João Aranha, Monte Alegre[68] e os bairros centrais. Atualmente Paulínia é formada por inúmeros bairros e pelo distrito de Betel. O município é dividido em 5 regiões principais que são divididas em 11 sub-regiões menores polarizadas por 17 bairros principais e englobando diversos bairros menores. O município conta com poucos bairros na zona rural, sendo os maiores o Recanto das Águas, Bela Vista II, Saltinho e São Bento. A maior parte dos bairros encontram-se na cidade, devido à urbanização que o município vem passando.[24]

Demografia

A população do município em 2008 era estimada pelo IBGE em 83.544 habitantes, sendo o 80° município mais populoso do estado, apresentando uma densidade populacional de 368,46 habitantes por km²[3]. Segundo o censo de 2000, 50,33% da população são homens e 49,67% mulheres, e 99,19% da população vive na zona urbana e 0,81% vive na zona rural.[71] Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, a população de Paulínia equivale a 0,06% da população nacional. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Paulínia possuía 47.442 eleitores em 2004[72].

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Paulínia é considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo seu valor de 0,847. Considerando apenas a educação o valor do índice é de 0,924, enquanto o do Brasil é 0,849, o índice da longevidade é de 0,805 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,811 (o do Brasil é 0,723)[73].Paulínia possui a maioria dos indicadores elevados segundo o PNUD. A renda per capita é de 106.082,00 reais, a taxa de alfabetização é 93,93% e a expectativa de vida é de 73,30 anos. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,39, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[74] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 14,76% e a incidência da pobreza subjetiva é de 10,93%. [74] Paulínia tem melhorado todos os seus indicadores nos últimos anos, mostrando que a melhoria na qualidade de vida vem aumentando. A população paulinense é composta de 71% de brancos, 22% de pardos, 5% de pretos e 2% de pessoas de outras etnias[75].

Dois problemas da cidade são o déficit habitacional[76] e o déficit de vagas em creches.[77] O déficit habitacional em Paulínia é de aproximadamente quatro mil moradias. A administração municipal estuda vários projetos para viabilizar a construção de moradias populares e diminuir esse número.[78] O problema de falta de vagas em creches também é grave, mas há projetos da administração de construção de novas unidades em 2009, o que reduziria o problema.[79][80]

Como na maioria dos municípios brasileiros, a criminalidade é um problema constante em Paulínia. Em 2006 a taxa de homicídios no município foi de 8,6, apresentando uma queda de 39% em relação à taxa de 2002, que era de 22,1[81]. A taxa de óbitos por arma de fogo, após apresentar um crescimento entre 2002 e 2004, começou a baixar em 2005, sendo de 7,2 em 2006. O número de homicídios dolosos e latrocínios cresceu 2,8 % de 1999 para 2004, e o número de mortes por agressão subiu 105,7 % no mesmo período.[82]

Infra-estrutura urbana

Outras informações
Ficha técnica
CEP 13140-000[83]
Padroeiro Sagrado Coração de Jesus[84]
Vínculo diocesano Arquidiocese de Campinas
Vereadores 10[67]
Comarca Campinas[85]
Eleitores 47.442 TRE-SP[72]
País Brasil Brasil
Macrorregião Sudeste
Área urbana 137,61 km²[86] (99%)[24]
Índice Gini 0,390[87]
Potencial de consumo US$ 2.775,00[88]
Trabalhadores 26.281 [89]
Orçamento R$ 672.857.610,00 [90]
Unidades locais 3.389 empresas est. IBGE/2005[91]

avenida José Paulino, o centro de Paulínia.

Paulínia conta com uma boa infra-estrutura urbana. As avenidas duplicadas e pavimentadas melhoram o trânsito da cidade e algumas avenidas na periferia desafogam o trânsito no centro da cidade. O crescimento no número de veículos de Paulínia estava prejudicando o trânsito na avenida principal da cidade e obrigou a administração a melhorar o sistema de vias públicas para evitar a sobrecarga de veículos no centro da cidade.[92]

O serviço de água e esgoto de Paulínia é feito pela Sabesp – Saneamento Básico do Estado de São Paulo.[93] A água consumida pelos habitantes de Paulínia é proveniente do rio Jaguari,[94] na divisa com Cosmópolis, que passa por um tratamento na estação de tratamento de água do município. A cidade também conta com duas importantes fontes de água mineral, uma no bairro Cascata e outra no acesso ao centro da cidade.[95]

A energia elétrica é fornecida pela empresa CPFL,[96] que possui vários centros de distribuição em bairros como Cascata, Bela Vista e Santa Terezinha,[97] além de uma subestação próxima à fazenda São Francisco. Além disso, há várias torres de transmissão, instaladas nos canteiros centrais e calçadas de algumas avenidas, como a Avenida José Padovani e Nelson Prosdócimo.

Paulínia possui uma delegacia de polícia localizada no bairro Santa Cecília, e que atualmente tem como delegado o senhor Luís Antônio Correa da Silva.[98] Também há na cidade dois postos comunitários da guarda municipal, um no bairro João Aranha[99] e outro em Betel. Os portais quatro portais da cidade contam com um posto da guarda cada um, a fim de patrulhar as entradas e saídas da cidade.[100]

Paulínia conta com 49 agências e representantes bancários.[101] No município há dois cemitérios, que são o Cemitério Municipal, no centro, e o Cemitério das Palmeiras, no bairro Santa Terezinha, além de dois centros de distribuição dos correios.[102]

Educação

Paulínia conta com escolas em todas as regiões do município. Devido à intensa urbanização, os habitantes da zona rural têm fácil acesso a escolas em bairros urbanos próximos. A educação nas escolas municipais tem um nível superior ao das escolas estaduais, mas a prefeitura está criando estudos para tornar a educação pública estadual melhor, de modo a conseguir melhores resultados no IDEB.[103]

Paulínia possui 25 escolas de ensino fundamental, médio e supletivo, além de 12 escolas de ensino pré-escolar. Destacam-se em Paulínia as escolas técnicas CEMEP e ETEP. Esta última é uma das melhores escolas do estado[104] e oferece cursos de química, processos industriais, enfermagem e ensino médio.

Em 2007 foram realizadas 12.037 matrículas no ensino fundamental, 3188 matrículas no ensino médio, 1380 no ensino superior e 3292 em pré-escolas. Foram 29 docentes no ensino superior em 2007.[105]

Paulínia possui uma instituição de ensino superior, a Universidade São Marcos, que se localiza na rodovia Prefeito José Lozano Araújo e é particular.[106] A cidade também conta com um centro de pesquisas da Unicamp, o CPQBA (Centro de Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas), localizado no Distrito de Betel.[107][108]

Nível de instrução da população em 2000[109].
Pessoas com 10 ou mais anos sem instrução ou com menos de 1 ano de estudo
5,5%
Pessoas com 10 ou mais anos de idade com 1 a 3 anos de estudo
11%
Pessoas com 10 ou mais anos de idade com 4 a 7 anos de estudo
30,7%
Pessoas com 10 ou mais anos de idade com 8 a 10 anos de estudo
69,4%
Pessoas com 10 ou mais anos de idade com 11 a 14 anos de estudo
16,4%
Pessoas com 10 ou mais anos de idade com 15 anos ou mais de estudo
3,4%

Saúde

Vista das obras no hospital de Paulínia.

Paulínia possui 20 estabelecimentos de saúde, sendo 14 deles públicos, entre hospitais, pronto socorro, postos de saúde e serviços odontológicos. A cidade possui 106 leitos para internação em estabelecimentos de saúde, sendo 83 públicos e 23 privados. Há também o CETREIM (Centro de Terapia e Reabilitação Integrada Municipal) e o Centro de Saúde preventivo, sendo classificado pelo SEADE como o 6° melhor da região de Governo.[110]

Até o início do ano 2000 Paulínia contava com poucas unidades de saúde públicas, sendo o hospital municipal, um pequeno posto de saúde no bairro João Aranha e outro no Nova Paulínia os únicos existentes. A partir desse ano começaram a ser construídas novas unidades devido ao crescimento da cidade, já que as originais não estavam suportando a quantidade de atendimentos.[111]

O hospital municipal de Paulínia foi construído no início dos anos 80 e passou pela primeira grande reforma estrutural em 2008, quando se ampliou a área do hospital, o que possibilitou o aumento da capacidade e conseqüentemente dos atendimentos. Em 2009 foi iniciada outras etapas da reforma, que consiste na construção de um heliponto para facilitar o transporte de pacientes em grave estado para hospitais maiores, como o Hospital das Clínicas da Unicamp[112].

Comunicações

Paulínia possui muitos meios de comunicações destacando-se os jornais. O mais importante e respeitado é o Jornal de Paulínia, criado na década de 1960, pelo jornalista Carlos Tontoli e que circula também nas cidades de Cosmópolis e Artur Nogueira. Entre outros jornais, estão o Tribuna de Paulínia, O Cromo, Correio Paulinense e Folha de Paulínia[113]. Circulam no município também os jornais Notícia Já, Correio Popular, Folha de São Paulo, o Estado de São Paulo, Agora, Todo Dia, entre outros. Há três rádios na cidade: Rádio Paulínia FM, Rádio A Mais FM e Rádio Canção Nova AM[114].

Em Paulínia há serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecido por vários provedores. A telefonia fixa é feita por operadoras como Embratel, Tim, Telefônica e Telesp. As operadoras Vivo, Tim, Claro e Oi oferecem serviço telefônico móvel. O DDD de Paulínia é 19 e o CEP de toda a cidade é 13140-000. No início de 2009, Paulínia passou a ser servida pela portabilidade, assim como outras 72 cidades de DDD 19. A portabilidade é um serviço que possibilita a troca da operadora sem a necessidade de se trocar o número do aparelho.[115]

Transportes

Paulínia tem uma boa malha rodoferroviária que a liga a várias cidades do interior paulista e até a capital. Paulínia fica próxima do Aeroporto Internacional de Viracopos (IATA: VCP – ICAO: SBKP), um dos maiores do país, e tem acesso a rodovias de importância estadual e até nacional através de rodovias vicinais pavimentadas e com pista dupla, como a rodovia Prefeito José Lozano Araújo. Atualmente a frota de veículos em Paulínia é de 24.448 automóveis, 1468 caminhões, 1065 caminhões-tratores, 1970 caminhonetes, 5710 motos, 227 ônibus e apenas 9 tratores agrícolas[116]. As rodovias Anhangüera, Bandeirantes e Dom Pedro I não passam pela área do município de Paulínia, mas são acessíveis facilmente através de rodovias vicinais, além da rodovia SP-332 que é estadual.[117]

Vias públicas

Avenida José Lozano Araújo, próximo à rotatória do Paulinense.

Em Paulínia há um sistema de vias públicas que possibilita o acesso a outras cidades e rodovias sem ter de passar pelo centro da cidade. Devido aos problemas que a avenida José Paulino, no centro da cidade, estava enfrentando com o excesso de veículos, foram construídas avenidas na periferia que ligam os bairros a outros bairros e rodovias, como a avenida Oswaldo Piva, avenida Roma e avenida dos Expedicionários. Com a concessão da rodovia SP-332 e a possível instalação de um pedágio na mesma, há a possibilidade de o centro ser utilizado como rota de fuga, o que faria retornar os problemas de trânsito.[118][119]

As avenidas de Paulínia têm como característica a grande arborização, principalmente as avenidas José Paulino e João Aranha. Com a arborização dessas avenidas a administração objetivava a melhora da qualidade do ar das principais regiões da cidade e o aumento de turismo ecológico na cidade.[120]

Rodovias

Vista da SP-332.

O principal acesso a outras cidades em Paulínia é a SP-332, ou rodovia General Milton Tavares de Souza, que a liga à Campinas e Cosmópolis, e também à rodovia Dom Pedro I. Outro acesso externo de Paulínia é feito pela rodovia Doutor Roberto Moreira, que liga a cidade à Barão Geraldo. A rodovia Prefeito José Lozano Araújo liga Paulínia às cidades de Sumaré e Hortolândia, e às rodovias Anhangüera e Bandeirantes.[121] Outras saídas de Paulínia são a PLN 311, localizada no bairro São José e que liga à Cosmópolis e Americana,[122] a PLN 313,[123] que atravessa os bairros João Aranha, Viacava, Marieta Dian e Recanto das Águas, e que também dá acesso a Americana e Cosmópolis, etc. A maioria das avenidas de Paulínia são duplicadas e a maioria dos bairros possui ruas pavimentadas, inclusive algumas estradas rurais.[124] Paulínia possui o Complexo Viário PLN 110, que dá acesso a várias rodovias e avenidas da cidade.[119]

Transporte coletivo

Paulínia possui cerca de 15 linhas de ônibus circulares que levam a todos os bairros da cidade. A prefeitura subsidia 70% do valor da tarifa do ônibus circular, o que equivale a R$ 1,30.[125][126] Os principais problemas no transporte coletivo de Paulínia são a demora dos ônibus e a lotação, resultados de um grande número de usuários e o pequeno número de veículos circulantes na cidade.

Ferrovias

Atualmente Paulínia é atravessada por uma estrada de ferro, que liga a REPLAN a outras regiões importantes. Essa ferrovia faz parte do sistema ferroviário da FEPASA, e próximo à Rodovia Doutor Roberto Moreira ela se divide, sendo que uma parte vai em direção à Jaguariúna e outra segue em direção à REPLAN e Cosmópolis[127]. Está prevista a construção de uma nova ferrovia que ligará Paulínia ao Porto de Santos[128] e facilitará o transporte de contêineres a partir de Paulínia.

Ciclovias

Até meados dos anos 90 Paulínia não tinha ciclovia. Nesse período foi construída uma ciclovia nos canteiros centrais das Avenidas João Aranha, Fausto Pietrobom e Paulista, com cerca de 4,5 km de extensão. Posteriormente foi construída uma ciclovia no canteiro central da Avenida Antônio Batista Piva, medindo pouco mais de 1 km de extensão. Também há vias para pedestres e ciclistas na calçada da avenida Duque de Caxias, avenida José Paulino e na avenida José Lozano Araújo.[129]

Cultura e lazer

Leão no Zoológico de Paulínia

Entre os principais pontos de lazer de Paulínia se destacam a praça São Bento[130], a avenida José Paulino e a praça Sagrado Coração de Jesus, local que ocorre vários eventos durante o ano[131].

O zoológico municipal de Paulínia Armando Müller se localiza no centro da cidade e contém várias espécies animais e vegetais. O grande número de plantas e árvores no local rendem a ele o apelido de “bosque”.[132]

Em 2006 a administração municipal criou o projeto Paulínia Magia do Cinema, com os objetivos de aumentar o turismo e dinamizar a economia. Através desse projeto foi idealizado o Festival Paulínia de Cinema, Pólo Cinematográfico de Paulínia, Escola Magia do Cinema e a Paulínia Film Comission. No pólo já foram gravados vários filmes, como o Menino da Porteira e o filme Topografia de um Desnudo. O pólo cinematográfico é resultado de um dos maiores investimentos em produção audiovisual do Brasil. Cerca de 550 milhões de reais provenientes da administração e de empresas já foram gastos com o projeto. O projeto Paulínia Magia do Cinema ganhou destaque na imprensa nacional devido ao tamanho dos investimentos.[133][134][135]

Esportes

Paulínia tem grande tradição no bicicross, com uma das melhores equipes do Brasil. A equipe Petrobrás/Paulínia tem vários títulos brasileiros, paulistas e internacionais. A equipe tem origem no projeto Paulínia Racing Bicicross[136], criada pela prefeitura para incentivar o esporte na cidade. Atualmente a equipe é heptacampeã brasileira e paulista. A cidade também é sede do Bicicross Américas, uma das maiores competições do Brasil e do continente.[137]

Atualmente o futebol entrou para o cotidiano paulinense através do Paulínia Futebol Clube, time que disputa o Campeonato Paulista Série B. A cidade também conta com um estádio e diversos CT’s e campos. Freqüentemente equipes treinam no estádio devido às boas condições do campo[138].

O Campeonato Amador de Futebol de Paulínia é disputado por vários times em 4 locais diferentes (João Aranha, Morumbi, Itapoã e Estádio Bermudas).[139][140]

Turismo

Parque José Maria Malavazzi, ou Zeca Malavazzi, um importante ponto turístico de Paulínia.

Paulínia possui bastantes atrativos turísticos. Entre os pontos turísticos naturais mais visitados estão o mini-pantanal, o parque ecológico e o Jardim Botânico, que ainda mantém espécies animais e vegetais preservadas em seu habitat natural. A biblioteca virtual, onde a população tem acesso gratuito à internet, e o Theatro Municipal, parte do pólo cinematográfico de Paulínia, são outros pontos turísticos importantes[141].

São símbolos de Paulínia os portais que estão localizados nas entradas da cidade. Com estilos diferentes, eles são atrativos turísticos e têm postos da guarda municipal. Os principais são o Portal Medieval, o Colonial, o Futurista e o do Parque Brasil 500[142]. As praças de Paulínia também são bastante visitadas pelas plantas decorativas que têm. A praça Paul Percy Harris é conhecida por ter o maior símbolo rotariano do mundo[143]. As rotatórias da cidade também são decoradas com plantas.

Outros pontos turísticos de Paulínia são a fonte Cidade Feliz, que fornece água mineral para a população, a pista de bicicross, onde são disputadas várias competições, como a Copa América, o Parque Zeca Malavazzi, o Parque Brasil 500, o museu histórico, a igreja São Bento e a praça Sagrado Coração de Jesus[144].

O carnaval de Paulínia é considerado o maior da RMC[145] e é muito apreciado por turistas, especialmente de cidades da Região Metropolitana de Campinas. As principais escolas são Hawaí 71, Ktoto, Unidos do João Aranha, entre outras. Os desfiles das escolas de samba são realizados no maior sambódromo coberto do Brasil[146].

Os eventos e pontos turísticos de Paulínia atraem muitos turistas todos os anos.[147] Se destacam eventos como a folia de reis, a Paulitália, que é uma festa em homenagem aos imigrantes italianos em Paulínia, e o Natal das Luzes.[147]

Religião

Na administração da Igreja Católica, o município é abrangido pela Arquidiocese de Campinas[148]. Desde as suas origens Paulínia tem muita ligação com São Bento, santo a quem atribuem o poder de livrar as pessoas de picadas de cobras. Sempre houve muitas cobras na região de Paulínia e o santo foi a forma que as pessoas encontraram para se prevenir da picada delas, fazendo uma oração simples: São Bento, livrai-me desse bicho peçonhento[149]. Paulínia possui duas paróquias, que são a Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora do Belo Ramo, e diversas comunidades, como São Judas Tadeu, Santa Luzia, entre outras.[148]

A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Batista, a Igreja Assembléia de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, as Testemunhas de Jeová, entre outras. Atualmente vem crescendo o número de protestantes em Paulínia. As igrejas protestantes se espalham por todos os bairros da cidade, o que mostra a grande popularidade que estas igrejas conseguiram. Há sete igrejas católicas na cidade e trinta igrejas protestantes. [150]

Entre outras religiões, se destacam em Paulínia em número de adeptos o Budismo, Testemunhas de Jeová e Igreja Messiânica Mundial, religiões que vem apresentando um pequeno crescimento nos últimos anos. Atualmente o município possui 36.807 católicos, 9.014 protestantes, 184 da Igreja Messiânica Mundial, 97 budistas, 388 Testemunhas de Jeová, 2.913 não tem religião e 1.923 pessoas de outras religiões.[151]

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Referências bibliográficas

Jornais
  • Jornal de Paulínia. Paulínia-SP
  • Jornal Tribuna. Paulínia-SP
  • Correio Popular. CampinasSP
  • Jornal Todo Dia. AmericanaSP
Revistas

BEZERRA, Thaís – A história de Paulínia passada a limpo. Revista Tribuna.

Livros

SOARES, Meire Terezinha Müller, MAZIEIRO, Maria das Dores Soares e VALE, Sérgio – Paulínia, dos Trilhos de Carril às Chamas do Progresso. Editora Komedi. ISBN 85-7582-268-3

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