Peruibe é um município do estado de São Paulo, na Região Metropolitana da Baixada Santista, na microrregião de Itanhaém. A população estimada em 2008 é de 55.469 habitantes e a área é de 326 km², o que resulta numa densidade demográfica de 170,04 hab/km².
Peruíbe, segundo Silveira Bueno, é vocábulo indígena que significa “no rio dos tubarões”. Do tupi iperu: tubarão; y: rio; e be ou pe: em. Consta, porém, de alguns documentos que esse nome estaria associado ao modo como José de Anchieta se referia ao lugar, chamando-o de Tapirema do Peru, por suas semelhanças com a região peruana, onde os jesuítas haviam enfrentado dificuldades no exercício da catequese.
Peruíbe é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
A origem de Peruíbe está vinculada à história de São Vicente e, em especial, à trajetória dos jesuítas pelo litoral do Estado de São Paulo. No século XVI, uma missão jesuítica estabeleceu-se no local que recebeu o nome de Aldeamento de São João Batista, ou São João da Aldeia, cujo objetivo oficial, além de converter e pacificar os índios Carijós e Tamoios, que viviam ao sul da capitania de Itanhaém, era o de servir como pouso a viajantes. Situava-se em uma região estratégica na defesa contra investidas de corsários. No final do século XVIII, com a expulsão dos padres jesuítas, a aldeia passou a ser administrada pelos franciscanos e o núcleo de Peruíbe entrou em declínio. Só retomou o desenvolvimento como cidade balneária em meados do século XX, quando foi transformada por lei, em 18 de fevereiro de 1959, em distrito e município, com território desmembrado de Itanhaém.
Além de inúmeras belezas naturais, espalhadas por suas diversas praias, rios e montanhas, o município ainda concentra sítios arqueológicos, como sambaquis, e as ruínas de uma igreja jesuíta do século XVI, as Ruinas do Abarebebê. Na zona rural, apesar de pouco visitada por turistas, também encontram-se rios e cachoeiras e inclusive uma aldeia indígena.
Em Peruíbe, assim como em todo o Brasil, sob a soberania do Estado, está legitimizada a liberdade religiosa.
Várias religiões cristãs, dentre outras mais, e dentre agnósticos, ateus, e indiferentes à religiosidade qualquer, se encontram presentes em Peruíbe.
No sistema católico tradicionalmente dominante, o município pertence à Diocese de Santos. Há no município a Paróquia de São João Batista com oito comunidades. Uma pró-paróquia, São José Operário, com doze comunidades.
A cidade conta com uma boa infraestrutura hoteleira e de recepção ao turista, tendo diversos restaurantes, bares, lanchonetes e cafeterias. Peruíbe tem diversas praias, tanto indicadas para banhistas como para o surf. Tem também muitas cachoeiras, sendo as mais visitadas a Cachoeira do Perequê e a Cachoeira do Paraíso. As Ruínas do Abarabebê são, possivelmente, os restos da primeira igreja do Brasil.
Seus limites são Itanhaém a norte e nordeste, o Oceano Atlântico a sudeste, Iguape a sudoeste, Itariri a oeste e Pedro de Toledo a noroeste.
Abriga parte das Áreas de Relevante Interesse Ecológico Ilhas Queimada Pequena e Queimada Grande (criada em 1985), Zona de Vida Silvestre –ZVS – APA – Federal Cananéia– Iguape – Peruíbe (criada em 1984) e Estação Ecológica da Juréia-Itatins.
População total: 51.451
Densidade demográfica (hab./km²): 160,28
Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 18,95
Expectativa de vida (anos): 69,65
Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,75
Taxa de alfabetização: 91,38%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,783
(Fonte: IPEADATA)