Pindamonhangaba é um município brasileiro do estado de São Paulo. Localiza-se no Vale do Paraíba, na microrregião de São José dos Campos. O principal acesso à cidade se dá pela Rodovia Presidente Dutra, no quilômetro 99.
Há duas teorias sobre como teria se iniciado a cidade. A primeira teoria afirma que os irmãos Leme teriam adquirido terras ao norte da Vila de Taubaté da Condessa de Vimieiro. Os irmãos Leme, teriam, então iniciado a contrução de uma capela em homenagem a São José em 12 de agosto de 1672; com base nesta teoria o Dr. Caio Gomes Figueiredo (então prefeito) oficializou, pela Lei n° 197, a data de 12 de Agosto de 1672 como a data da Fundação de Pindamonhangaba. A segunda teoria diz que em 17 de maio do ano de 1649 uma sesmaria,na região de uma paragem já conhecida por Pindamonhangaba, foi doada ao Capitão João do Prado Martins; por já ter posses na prática daquelas terras desde 22 de Julho de 1643, esta é considerada por muitos a data de fundação do município. Em vista das incertezas, um decreto de 9 de março de 1973 baixado pelo prefeito Dr. João Bosco Nogueira oficializa a data magna do município como sendo no dia 10 de Julho de 1705 (data da emancipação) até que se chegue a uma concordância de quando a cidade foi fundada, concordância esta que ainda não chegaram os historiadores. Pela primeira teoria teriam sido os irmãos Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme. Pela segunda, Capitão João do Prado Martins.
O nome de cidade deriva do tupi pindá-monhang-aba, lugar (aba) de fazer (monhang) anzol (pindá) ou, como alguns consideram, “lugar onde o rio faz a curva”, devido ao curso do rio Paraíba do Sul ao passar pelo Bosque da Princesa. A primeira teoria diz os irmãos Leme adquiriram da Condessa de Vimieiro glebas de terra ao norte da Vila de Taubaté, bem á margem direita do Rio Paraíba. Aos 12 de Agosto de 1672, Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme, iniciaram a construção da capela em honra a São José, fundaram a povoação de São José de Pindamonhangaba. Essa capela foi edificada no alto de uma colina, exatamente onde hoje se localiza a Praça da República Largo do Quartel. Baseado nesta teoria, em 7 de dezembro de 1953 o então Prefeito Dr. Caio Gomes Figueiredo oficializou pela Lei n° 197 a data de 12 de Agosto de 1672 como a data da Fundação de Pindamonhangaba, tendo como Fundadores: Antônio Bicudo Leme e Braz Esteves Leme.
A segunda teoria diz que no início do Século XVII sesmarias vão sendo concedidas na zona de Taubaté – Pindamonhangaba – Guaratinguetá, destacando-se uma que é concedida em 17 de maio de 1649, ao Capitão João do Prado Martins, na paragem chamada Pindamonhangaba. De acordo com a respectiva carta de doação, esse povoador, vindo de São Paulo, com a família e agregados já estava de posse de suas terras, naquela paragem, desde o dia 22 de Julho de 1643, que é considerada a data de Fundação de Pindamonhangaba, pois o sítio então aberto por João do Prado se situava no rocio mesmo da futura vila e cidade de nossos dias. A partir daí, da paragem à margem direita do Rio Paraíba do Sul, forma-se um bairro dependente de Taubaté, para onde vão afluindo novos povoadores e moradores. Começa a funcionar no bairro uma igreja, de porte pequeno, cujo orago é Nossa Senhora do Bom Sucesso. A sua ereção é devida ao padre João de Faria Fialho, considerado o Fundador de Pindamonhangaba.
Data do final do século XVI a ocupação da área onde hoje se situa Pindamonhangaba. No local, passou a existir uma “paragem”, com ranchos e pastaria. Não se sabe exatamente quando o local passou a ser chamado PINDAMONHANGABA, nome indígena que significa “lugar onde se fazem anzóis”. A “paragem” estava fadada a se desenvolver rapidamente, já que suas terras eram excelentes; o clima ameno e sua posição a tornavam passagem obrigatória dos viajantes que se deslocavam do Vale do Paraíba para Minas Gerais. Por volta de 1680, Pindamonhangaba já era um povoado, vinculado ao Termo (Município) de Taubaté. Data dessa época a construção do primeiro templo, a capela de São José, erigida por Antonio Bicudo Leme e seu irmão, Braz Esteves Leme. Em 10 de julho de 1705, o povoado recebeu foros de vila, ficando, portanto, politicamente emancipado de Taubaté.
Durante o século XVIII desenvolveu-se em Pindamonhangaba uma atividade agropastoril, com predominância da cultura de cana-de-açúcar e a produção de açúcar e aguardente, em engenhos. Durante o período do café no Brasil, a cidade viveu sua fase de maior brilho e se destacou no cenário Nacional. O ciclo do café floresceu no Município a partir de 1820, e Pindamonhangaba se tornou um grande centro cafeeiro, apoiado em suas terras férteis e na mão-de-obra escrava.
Nessa época foram construídos o Palacete 10 de Julho, o Palacete Visconde da Palmeira, o Palacete Tiradentes, a Igreja São José e a Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, que ainda hoje são marcos da riqueza produzida pelo café. Pindamonhangaba foi elevada a cidade por lei provincial de 3 de abril de 1849 e ganhou do cronista e poeta Emílio Zaluar o título de “Princesa do Norte”. O ciclo do café extinguiu-se no final da década de 1920, não tendo resistido aos golpes produzidos pela exaustão das terras, a libertação dos escravos e a crise econômica mundial. A partir daí, a economia de Pindamonhangaba passou a se apoiar na constituição de uma importante bacia leiteira, em extensas culturas de arroz e na produção de hortigranjeiros. Foi uma época de pequeno crescimento econômico, que se estendeu até o final da década de 1950, quando o Município entrou no ciclo pré-industrial. O período de 1970 a 1985 foi, para Pindamonhangaba, uma fase de crescimento industrial extremamente acelerado, que mudou, profundamente, a face do Município.
Devido às dúvidas quanto à data de fundação, o Aniversário de Pindamonhangaba é comemorado em 10 de JULHO, data de sua emancipação política.
É este um doa mais importantes bairros de Pindamonhangaba, de cuja sede dista 13 quilômetros, contíguo ao bairro de Coruputuba onde se localiza a fazenda de igual nome da Cia. Agrícola Cícero Prado. De certa forma, o intenso progresso desse bairro vem exatamente desde a organização daquela companhia.
Inicialmente, ali estabeleceu-se Antônio Claro César, fazendeiro enérgico e muito temido pelos escravos, entre os lugares denominados Barranco Alto e Nhambuí, nomes hoje desusados.
Acredita-se que passasse por ali um caminho para Ubatuba, onde era escoada a produção de café das fazendas situadas naquela faixa, desde a Mantiqueira até a Quebra-Cangalha, donde também a razão de ser do nome desta serra.
Em 18 de janeiro de 1877 era inaugurada a Estrada de Ferro São Paulo – Rio de Janeiro, construída pela companhia presidida pelo Barão Homem de Melo, em Pindamonhangaba, e, a 7 de junho era inaugurado o ponto terminal da estrada em Cachoeira, que mais tarde seria encampada pelo Governo Federal, passando a denominar-se Estrada de Ferro Central do Brasil. Aí por volta de 1880, foi instalado um posto telegráfico naquele bairro, e, desde então os fazendeiros das redondezas se interessaram pela instalação de uma estação ferroviária. Nisso se empenharam o Cap. Alexandre Mendes, Antônio Ferreira César e Bernardino de Sena Leite, os quais doaram as terras necessárias àquele fim.
Finalmente, em 7 de janeiro de 1898, surgiu a Estação de Moreira César, em homenagem ao pindamonhangabense Cel. Antônio Moreira César, vitimado quando no comando das tropas do governo na Companha dos Canudos, na Bahia.
Foi classificado como distrito policial em 1907, com a construção de uma cadeia e a nomeação dos seguintes subdelegados: Cap. Alexandre Mendes, Antônio Alves Moutinho, Ildefonso de França Machado e Olímpio Marcondes de Azevedo.
Na primeira legislatura após a redemocratização do país em 1946, conseguiu eleger um representante de fato desse bairro, o Vereador José Francisco Machado, que, no entanto, faleceu durante seu mandato.
“Em 1954, na Segunda legislatura, outro Vereador foi eleito – Ângelo Paz da Silva – que pleiteou, junto à Câmara e à Assembléia Legislativa do Estado a elevação do bairro de Moreira César à categoria de Distrito de Paz, o que não conseguiu por ser contrário aos interesses do município”. Posteriormente, pela Lei Estadual n.º. 5.121, de 31 de dezembro de 1958, foi criado o DISTRITO DE MOREIRA CÉSAR.
Em solenidade realizada, dia 31 de dezembro de 1962, no pátio da Escola Estadual “Deputado Claro César”- presidida pelo MM. Juiz de Direito da Comarca de Pindamonhangaba – Dr. Paulo de Campos Azevedo – foi instalado o DISTRITO DE PAZ DE MOREIRA CÉSAR.
Nesta solenidade oficial, o orador José Raul Machado Ribas – falando em nome dos moradores do novo Distrito, futurou, em vibrante discurso, o desenvolvimento de MOREIRA CÉSAR. Em seguida, o ex. Professor Manoel César Ribeiro, pelo Decreto n.º 203, nomeou e empossou o ilustre Contador – SR. ALFREDO AUGUSTO MESQUITA – como o primeiro SUB-PREFEITO do Distrito de Moreira César.
Dados do Censo – 2006
(Fonte: PNUDDATA)
m fins do século XVII, Pindamonhangaba vivia apenas da agricultura de subsistência.
No início do século XVIII, alguns pindenses saem para a Serra da Mantiqueira e para Minas Gerais para desbravar novas terras e acabam beneficiando a Vila e o Vale do Paraíba com o ouro ali encontrado. Em torno de 1778 o ouro começa a escassear, e estanca a economia de Pindamonhangaba e do Vale do Paraíba.
Pôr volta de 1789, para suprir as necessidades trazidas pela falta de ouro, o Vale acha na agricultura do café uma saída para a economia. Entre 1840 e 1860 Pindamonhangaba atinge o auge da nobreza, tornando-se a maior produtora de café da região.
Nesta época construiu suas mansões e casarões e ganhou o título de “Princesa do Norte”, título dado pelo cronista e poeta Emílio Zaluar em 1860.
A nobreza rural esteve bem representada em Pindamonhangaba: Barão Homem de Mello – Francisco Ignácio Homem de Mello Barão de Itapeva – Ignácio Bicudo de Siqueira Salgado Barão, depois Visconde da Palmeira – Antonio S. Silva Barão, depois Visconde de Parahybuna – Custódio Gomes Varella Lessa Primeiro Barão de Pindaba. – Manuel Marcondes O. Mello Segundo Barão, depois Visconde de Pindaba. – Francisco Marcondes Homem de Mello Barão de Romeiro – Manuel Ignácio Marcondes Romeiro Barão de Taubaté – Antonio Vieira de Oliveira Neves Barão de Lessa – Eloy Bicudo Varella Lessa Em meados de 1870, com o esgotamento das terras, o movimento abolicionista e a produção cada vez maior do oeste paulista, acontece a decadência da cultura cafeeira de Pindamonhangaba.
Pôr volta de 1920, Pindamonhangaba passa pôr mais um de seus graves períodos de estagnação econômica. Então, algumas famílias vindas principalmente de Minas Gerais aqui se instalam e começam a criação de gado leiteiro, que tornou-se a principal economia da cidade. Por volta de 1950, o beneficiamento de produtos agropecuários, principalmente o arroz e o leite, movimentava a economia local.
Em 1970 Pindamonhangaba viveu sua “explosão” industrial, com a implantação de grandes indústrias, acelerando o crescimento do comércio e da população.
Hoje Pindamonhangaba encontra-se em fase de retomada do progresso, com a instalação de novas indústrias.
Cor/Raça | Percentagem |
---|---|
Branca | 72,5% |
Negra | 3,8% |
Parda | 22,2% |
Amarela | 0,7% |
Indigena | 0,1% |
Fonte: Censo 2000