Cabo de Santo Agostinho é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 08º17’12” sul e a uma longitude 35º02’06” oeste, estando a uma altitude de 29 metros. Sua população estimada em 2004 era de 166 286 habitantes. Possui uma área de 448,49 km².
A história do Cabo de Santo Agostinho se inicia bem antes da chegada dos portugueses ao Brasil. Assim como boa parte do território brasileiro, o Cabo era povoado por indíos Caetés.
O navegador e explorador Vicente Yañez Pinzón – integrou a primeira Armada de Cristóvão Colombo que descobriu a América em 1492, tendo comandado a caravela Niña — com uma esquadra de quatro caravelas alcançou por primeira vez a costa do Brasil, junto de um grande promontório, o cabo de Santo Agostinho, ao qual chamou de Santa María de la Consolación e do qual tomou posse para a Espanha em 20 de janeiro de 1500. Fonte: Martín Fernández de Navarrete:”Viaje de Vicente Yánez Pinzón”.
As primeiras povoações chamadas de Arraial do Cabo surgiram na segunda metade do século XVI. Formado pela Igreja Matriz de Sto Antônio e casas esparsas.
Em 1560 João Paes Barreto instituiu o primeiro Morgado no Brasil e lhe deu o nome de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo de Sto Agostinho, vinculando o Engenho Madre de Deus, depois chamado de Engenho Velho. A escritura foi redigida em 28 de outubro de 1580.
Segundo afirma Sebastião de Vasconcelos Galvão, autor do Dicionário Iconográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco, o povoamento sede do Município vem de 1618; antes dessa data compunha-se de algumas casas esparsas, distantes uma das outras.
Transcorridos mais de duzentos anos de ter sido a Povoação de Sto Agostinho elevada à predicação de Paróquia é que foi criada a Vila do Cabo de Sto Agostinho, por força do alvará de 27 de julho de 1811 e Provisão Régia de 15 de fevereiro de 1812, enviada ao então governador da Província, o General Caetano Pinto de Miranda Montenegro.
Sua instalação, no entanto, ocorreu em 18 de fevereiro de 1812, pelo ouvidor e corregedor-geral da Comarca de Recife, o Doutor Clemente Ferreira de França. Foi elevada a categoria de cidade a então Vila do Cabo de Sto Agostinho em 9 de julho de 1877, pela lei provincial nº. 1.269, para a denominação de Município de Santo Agostinho do Cabo.
O Cabo teve sua economia centrada no desenvolvimento da monocultura da cana-de-açúcar, a partir de 1570, com a doação de sesmarias ao longo do Rio Pirapama. Tendo João Paes ocupado as terras a ele concedida em 1571, ao sul do Rio Araçuagipe (Pirapama), funda o primeiro engenho bangüê que denominou Madre de Deus (hoje, Engenho Velho), o mais antigo centro açucareiro da Região. Mais tarde, com a criação de novos engenhos, o Cabo passa a representar o poderio econômico de Província de Pernambuco, época em que a cana-de-açúcar representava a força de crescimento do país.
O relevo do Cabo de Santo Agostinho está inserido nas Superfícies Retrabalhadas, que na região litorânea de Pernambuco e Alagoas, é formada pelo “mar de morros” que antecedem o Planalto da Borborema.
A vegetação nativa é predominantemente do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Hipoxerófila.
A leste, o município é banhado pelo Oceano Atlântico e está inserido nos domínios do Grupo de Bacias de Pequenos Rios Litorâneos. Seus principais tributários s ão os Rios: Gurjaú, Jaboatão, Araribá, Pirapora, Cajabuçu, Jasmim e Arrombados, e os riachos das Moças, Contra Açude, do Cafofo, Noruega, Santa Amélia, Utinga de Cima, Utinga de Baixo, Algodoais e o Arroio Dois Rios, todos de perenes.
No município estão os açudes Pirapama (60.937.000 m³), Sicupema (3.200.000 m³), as represas Gurjaú, Cotovelo e Água Fria, e a Lagoa do Zumbi.
Cabo de Santo Agostinho possui varias reservas ecológicas, e belas praias conhecidas em todo país, como Gaibu, Calhetas e Paraíso. Existem muitas opções para relaxar e praticar esportes aquáticos, como o surf. O verão as pousadas e hotéis recebem uma grande quantidade de turistas de todos os países do mundo.
Além das belas praias, outras opções do município são os monumentos históricos. Lá podem ser encontrados velhos engenhos entre eles o mais conhecido o Engenho Massangana que guardam parte da história do município. Outros pontos conhecidos são a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e as ruínas do convento carmelita, que datam do final do século XVI, e o Forte Castelo do Mar, construído em 1631 pelos portugueses com granito do próprio município do Cabo, para proteger a área dos holandeses.
Artesanato o Cabo tem uma produção bastante diversificada, baseada na produção de cerâmicas. Entre as festas típicas do município está a Festa da Lavadeira, que acontece todos os anos no dia 1º de maio, na praia do Paiva. O evento, que começou de forma simples como uma reunião de pescadores, hoje reúne milhares de pessoas na praia do Paiva. Nas festas juninas, uma atração extra: o Trem do Forró: o percurso do trem era originalmente do Recife até Caruaru, mas nos anos recentes tem ido até o Cabo.
A economia do município assenta em atividades de agricultura, indústria, comércio e prestação de serviços, principalmente em torno do Porto de Suape. Conta também com dois Jornais de grande circulação, O Jornal Pinzón, que resgata o nome do navegador espanhol Vicente Yanes Pinzón, e o Jornal Tribuna Popular, um semanário com notícias do Cabo de Santo Agostinho e Região adjacente.
O litoral do cabo de Santo Agostinho é marcado pelas seguintes praias: Praia do Paiva, Itapuama, Pedra do Xaréu, Enseada dos Corais (antiga praia do Boto), Gaibu, Praia de Calhetas, Praia do Cabo de Santo Agostinho, Paraíso (antiga praia da Preguiça), Suape.
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