Gravatá é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 08º12’04” sul e a uma longitude 35º33’53” oeste, estando a uma altitude de 447 metros, localiza-se a 85 km da capital Recife. Sua população estimada em 2007 era de 71 570 habitantes.
O município de Gravatá teve origens numa fazenda, em 1808, pertencente a José Justino Carreiro de Miranda, local esse que servia como hospedagem para os viajantes que iam comercializar o açúcar e a carne bovina, principais produtos da época, que eram levados em embarcações do Recife até o interior. Como a navegação pelo rio Ipojuca era difícil, os comerciantes eram obrigados a fazer paradas estratégicas para evitar também que o gado perdesse peso. Uma dessas paradas ficou conhecida como Crauatá, denominação, que deriva do tupi Karawatã (“mato que fura”), por conta da predominância de uma planta do gênero da família das bromélias, também chamada caraguatá, caroatá, caroá e gravatá. Foi nos fins do século XVIII que José Justino Carreiro de Miranda tomou posse da Fazenda Gravatá que, por muito tempo, serviu de hospedagem para viajantes e, como conseqüência natural, surgiram dois arruados, um em cada margem do rio. Em 1810 iniciou-se a construção de uma capela dedicada a Santa’Ana que, 12 anos depois, seria concluída por seu filho João Felix Justiniano. Em seguida, as terras foram divididas em 100 lotes e vendidas aos moradores, dando início ao povoado de Gravatá, sendo um distrito do município de Bezerros. Em 1875, foi criada a freguesia, que seria elevada à categoria de vila em 30 de maio de 1881, através da Lei Provincial nº 1.560, e sua capela transformada em Igreja Matriz.
Em 13 de junho de 1884, a sede do município foi elevada à categoria de cidade (Lei Provincial nº 1.805), porém sua emancipação política só veio a ocorrer após a Proclamação da República, pela Lei Orgânica dos Município, de 15 de março de 1893, quando a cidade adquiriu sua autonomia municipal e elegeu o seu primeiro prefeito, Antonio Avelino do Rego Barros. No final do século XIX, com a inauguração da Ferrovia Great Western Railways, ligando o Recife ao sertão pernambucano, a cidade tomou considerável impulso e, aos poucos, foi definida sua vocação para o turismo, sobretudo com a construção da BR-232, em 1950, o que permitiu um melhor acesso, encurtando o tempo de viagem e vencendo o desafio da Serra das Russas. Atualmente comemora a emancipação do município no dia 15 de março.
Gravatá possui uma área de 513 km², destacando-se por um clima agradável (temperatura média anual de 22,9C [5]) e charmosas habitações, muitas com arquitetura européia. Está situada no Agreste pernambucano, na microrregião do Vale do Ipojuca, zona de transição entre a Mata e o Agreste, na zona fisiográfica anterior à chapada da Borborema, na denominada Serra das Russas e faz parte da bacia do rio Capibaribe. Centro regional de importância, está ligada a Recife por rodovia federal (BR-232), que passa por Vitória de Santo Antão e Jaboatão dos Guararapes.
Tem como vegetação característica: caatinga, pastagens naturais, brejo de altitude, restingas de matas.
Administrativamente, o município é composto pelo distrito sede e pelos povoados de Uruçu-Mirim, Mandacarú, Russinhas, São Severino de Gravatá, Avencas e Ilha Energética.
Tem como principais atividades econômicas a agricultura (abacaxi, milho, algodão, batata doce, tomate, tangerina, feijão, banana, mandioca, morango), o comércio varejista e a pecuária.
Conhecido como importante pólo moveleiro do Estado, concentra um grande número de fabricantes de móveis rústicos e semi-rústicos em madeira maciça, além de fibras naturais como junco, vime, rattan e cana-da-índia.
Um grande celeiro de artistas, onde muitos trabalham com o artesanato manual, com peças de todos os gêneros, desde a tradicional bonequinha da sorte até telas e esculturas.
Importante pólo de cultivo de hortaliças e legumes do agreste pernambucano, especialmente no setor de orgânicos, produz e comercializa, em média, duas toneladas semanais, em feiras da cidade e ainda de Caruaru e Recife. Também tem papel de destaque no cultivo de plantas e flores, com a produção de diversos tipos de rosas, crisântemos e outras espécies de flores, que garante ao município o titulo de maior produtor de flores temperadas do Nordeste.
No setor da criação animal, destaca-se por sua vocação de criador de animais selecionados. Cavalos das raças manga larga marchador e quarto de milha; rebanho bovino das raças leiteiras jersey, gir, girolando e guzolando, ovino das raças santa inês, suffolk e texel e caprino com planteis de bôer importados do Canadá, Estados Unidos, Alemanha e África do Sul. Além de inúmeros canis, com as raças rottweiler, boxer e cocker spaniel.
O setor imobiliário do município é um dos mais importantes do interior pernambucano, sobretudo após a duplicação da BR-232 (hoje denominada Rodovia Luiz Gonzaga) e pela oferta de terrenos e condomínios rurais que se multiplicam. Segundo os corretores, além do município ter o metro quadrado mais caro do Estado, é o local onde mais se constroem casas em Pernambuco, com uma média de cinco por dia.
Localizada a 85 Km de Recife, na BR 232 que liga Recife a Caruaru, numa altitude de 447 m acima do nível do mar e com um clima agradável, temperatura média de 24 graus, Gravatá é uma das cidades do Nordeste que mais cresce com o turismo.
Gravatá tem aproximadamente 75.000 habitantes, mas nos fins de semana quando ocorrem eventos essa população atinge cerca de 120 mil pessoas: turistas de todo o mundo que vêm desfrutar do clima agradável e gracioso da cidade. Contempla o 5º melhor micro-clima do Mundo
O município tem-se destacado como um grande pólo de turismo de eventos do estado, aquecendo a economia durante todo o ano.
Está sediado em Gravatá um núcleo de ensino da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), que beneficiará a população gravataense e de cidades circunvizinhas.