Macaparana é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Localiza-se a uma latitude 07º33’17” sul e a uma longitude 35º27’11” oeste, estando a uma altitude de 350 metros. Sua população estimada em 2004 era de 23.335 habitantes. O município é formado pelo distrito sede e pelos povoados de Pirauá, Poço Comprido e Nova Esperança.
Possui uma área de 126 km².
O primeiro registro que se tem da formação de Macaparana data do final do século XIX (1879) quando o almocreve Manoel Panguengue construiu um rancho de taipa em terras do engenho Macapá, propriedade de fazendeiro José Francisco do Rego Cavalcanti.
A construção passaria a servir como ponto de apoio para o comerciante realizar seus negócios e, posteriormente, tornou-se estalagem para os viajantes. Com o passar dos anos outras casas foram erguidas no local formando o que viria a ser denominado Vila de Macapá, distrito de Timbaúba.
A vila que deu origem a cidade de Macaparana teve suas primeiras casas construídas no local onde hoje é a Rua Nossa Senhora do Amparo esquina com a Rua Manoel Borba, no centro. A primeira casa ficava localizada onde é hoje um sobrado comercial, isto no ano de 1879. Do ponto de vista de sua arquitetura que é do tipo colonial não se encontram muitos exemplares na cidade. As exceções de melhor preservação arquitetônica tem-se a Igreja Nossa Senhora do Amparo que tem uma arquitetura colonial típica das construções religiosas da época. Outra construção que preserva sua arquitetura original, e que é de grande valia histórica para a cidade, é a senzala do Engenho Cipó Branco. Este importante resquício arquitetônico se encontra na propriedade da família do ex-governador Moura Cavalcanti, filho ilustre da cidade. Este Engenho mostra uma construção típica dos engenhos da época com boa preservação da senzala.
A economia do município de Macaparana tem muito em comum com o desenvolvimento da agricultura canavieira secular que dominou boa parte da história da cidade e do Estado de Pernambuco. A instalação dos engenhos, concentrou poder econômico e político para um grupo familiar que teve seu apogeu com a implantação de uma fábrica de açucar: A Usina Nossa Senhora de Lourdes. Paralelamente, iniciou-se o também domínio político deste mesmo grupo familiar que controlava a população a partir do voto cabresto que se explica devido a sua dependência do trabalho proveniente da concentração de riquezas e do poder político de uma única família. A monocultura do açucar assim tem concentrado o poder econômico, social e político aos donos de engenhos esta relação social foi amplamente estudada por cientistas políticos e sociais dentre eles, as obras escritas pelo sociólogo Gilberto Freyre, cujos trabalhos internacionalmente reconhecidos podem ajudar a um entendimento racional sobre as bases sociais que se formou no Município de Macaparana ao longo de sua história.
A história econômica recente do Município recebeu um revés com o governo do Presidente Fernando Henrique com a novas regras de empréstimos e financiamentos bancários imposto pela nova ordem econômica do país. Como consequência, a Usina Nossa Senhora de Lourdes que detinha boa parte do PIB da cidade foi obrigada a fechar e assim muitos de seus empregados foram demitidos. Hoje, a cidade ostenta um dos piores índices de homicídios do Estado e baixo IDH.
A agricultura canavieira vem perdendo espaço na economia do Município pois sua economia foi obrigada a se rearranjar assim as culturas como criação de gado e a plantação de Bananas (a bananicultura) vem se expandindo. Um outro potencial que começa a ser espontaneamente ampliado pois não existe um planejamento público e empresarial é o de pólo comercial e turístico para a região que pode favorecer ao desenvolvimento do município no âmbito de sua qualidade de vida a partir de uma melhor distribuição de renda.
Um fato curioso e como a cidade ainda vive as sombras das famílias dominantes é que neste ano de 2008, o atual prefeito Maviael Francisco de Morais Cavalcanti Filho, filho do deputado estadual Maviael Cavalcanti, obteve a maior vitória da história de macaparana, quando conseguiu 4.623 votos de diferença para o segundo colocado (Grupo Político da família Morais). Esta família se confunde com a história política da cidade uma vez que detém o poder político por décadas, desde que seu familiar político mais ilustre, o proprietário do Engenho Cipó Branco, o Coronel e ex-Governador Moura Cavalcanti chegou ao Governo do Estado de Pernambuco via o regime militar instaurado no Brasil na época. Uma característica política importante é que a também tradicional oposição política constitui-se de uma divisão famíliar conhecidos como os Morais. A história do Município de Macaparana se confunde com as monoculturas da economia baseada na cana de açucar e do poder político alternado dentro de uma mesma família, os “Morais” (antigo partido ARENA 2) e os “Cavalcanti” (proveniente partido político do regime militar ARENA 1, hoje DEM).
O filólogo Mário Melo mudou o nome de Macapá para Macaparana, uma vez que Macabá, nome de uma palmeira existente na época em abundância na região, já era o nome de outra cidade brasileira. Para uns, Macabá é o nome de uma palmeira. Para outros, significa “pomar de macabas”, que é o fruto de uma palmeira. Macaba ou bacaba provém do tupi iwa-kawa: “fruta gorda, graxa”. Mário Melo criou o termo Macaparana adicionando a desinência rana (macapá rana), cujo significado em tupi é “semelhante, parecido”. Então, Macaparana seria parecida com a outra, com Macapá.
O município de Macaparana localiza-se na unidade geoambiental do Planalto da Borborema, formada por maciços e outeiros altos, com altitude variando entre 650 a 1.000 metros. O relevo é movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados. Os solos variam com a altitude:
os Podzólicos, que são profundos, textura argilosa, e fertilidade natural média a alta.
Ocorrem ainda afloramentos de rochas.
A vegetação nativa é típica do agreste: Florestas Subcaducifólica e Caducifólica.
O município de Macaparana encontra-se inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Goiana.
Macaparana é formada por Engenhos, Usina, Fazendas, Sítios, Vilas e Povoados (Poço Cumprido, Pirauá e lagoa Grande), sendo a maior parte da terras de engenhos (17 ao todo): Paquevira, Conceição, Palma, Balanço, Maçaranduba, Tanque de Flores, Rincão, Macapá Velho, Macapazinho, Limão, Diligência (Latão), Gameleira, Vitória, Três Poços, Lagoa Dantas, Monte Alegre Velho, Bonito, Pedreiras.
Essa forte ligação com os engenhos de cana de açúcar inspirou a professora Ana Maria Gomes Pedrosa a desenhar a Bandeira do município.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-IDH-M é de 0,597. Este índice situa o município em 123o no ranking estadual e em 4716o no nacional.
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