Florânia é um município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado na microrregião da Serra de Santana. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2003 sua população era estimada em 8.958 habitantes. Área territorial de 504 km².
O povoamento propriamente dito teve início logo após a inauguração da capela de São Sebastião, construída e inaugurada em 1886 pelo peregrino e dito santo Padre Ibiapina, em uma de suas peregrinações pelo sertão. Economicamente, era área de rotas comerciais e criação de gado.
No desenvolvimento do município, houve a influência étnico-cultural de imigrantes italianos, judeus cristãos-novos, africanos e portugueses, como em quase todas as cidades potiguares. Tem um rico patrimônio histórico-religioso, que aflora em ícones como a cruz do mártir José Leão, o Monte de Nossa Senhora das Graças e a Igreja Matriz de São Sebastião, um ótimo atrativo natural: o Mirante do Cajueiro, as Cachoeiras dos Tanques e a árvore Pau do Oco. Também pode-se encontrar vestígios do homem da pré-história (pinturas rupestres do Capim Açu e da Chã Preta) e achados cerâmicos dos índios Tupi, que habitavam a região antes da colonização.
Em 1865, a localidade que se chamava inicialmente Roça do Urubu, mudou o nome para Flores de Vassaurubu, e em 11 de agosto de 1873, criado Distrito de Paz pela Lei n. 684, passou a se chamar Povoado de Flores. O nome povoado de Flores está relacionado diretamente com a paisagem de várzeas cobertas de mofumbais e suas flores perfumadas que em conjunto com outras plantas fazem um grande lençol de verdura numa linda policromia. O município de Flores foi criado pelo decreto n. 62, de 20 de outubro de 1930, ato do 1 vice-governador em exercício, Pedro Velho d’Albuquerque Maranhão, e seu território foi desmembrado de Acari, com instalação ocorrendo em 24 de janeiro de 1937. A denominação atual foi dada pelo Decreto-lei n. 268, de 30 de dezembro de 1943, substituindo o tradicional nome de Flores. A mudança aconteceu em virtude da Legislação Federal ordenando que não podia existir duas ou mais cidades com o mesmo nome. Flores já era nome de cidades nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul, cujas datas de emancipação precederam a de Florânia. A mudança do nome para Florânia, foi proposta por Nestor de Lima. Integrava o território do município de Florânia, São Vicente, desmembrado através da Lei n. 1030, de 11 de dezembro de 1953, na administração do prefeito Manoel Emídio Filho, e Ten. Laurentino Cruz, criado pelo Pe. Sinval Laurentino na década de 70, desmembrado através da Lei n. 6450, de 16 de julho de 1993, quando era prefeita de Florânia, Sra. Jandira Alves de Medeiros, esposa do Pe. Sinval Laurentino.
Aos 5 de abril de 1904, por ato do primeiro bispo da Paraíba (no RN, não havia Diocese), Dom Adauto Aurélio de Miranda Henrique criou a Paróquia de São Sebastião de Florânia. Desmembrou-se da Paróquia de Sant’Ana de Currais Novos. O 1º Vigário foi o Pe. Inácio Cavalcanti de Albuquerque. A paróquia originalmente compreendia, além do município de Florânia, os atuais territórios de São Vicente e Tenente Laurentino, desmembrados do primeiro. No dia 26 de setembro de 2004, São Vicente passou a Paróquia, por ato do Bispo Diocesano Dom Jaime Vieira Rocha, tendo como padroeiro São Vicente Ferrer. No município de Florânia, existia a Igreja Matriz de São Sebastião, Igreja do Santíssimo Sacramento, Capela de Nossa Senhora das Graças (Monte das Graças), Capela da Cruz de José Leão (Alto Vermelho), Capela de São José (Sítio Condado), Capela de São João Batista (Assentamento João da Cruz), Capela do Bom Jesus Aparecido (Ipueira Cercada), Capela de São José Operário (Jucuri). Em Tenente Laurentino temos a capela de São Francisco (sede do município), Capela de Nossa Senhora da Conceição (Cinco Cantos), Capela de Sant’Ana (Umarizeiro). hoje comemroa
Em 1937, foi criado o primeiro time de futebol dos floranienses. Foi denominado de “Vila Flores Futebol Clube”, tendo como diretores o Padre Antônio Avelino e Clementino Araújo. Seus componentes usavam calção branco e camisa branca com listras azuis. A equipe era formada por João Grande, Zé de Bento, Oscar Freire, Rubens Freire, Inácio Bulandeira, Pereirão, Chico Moquinho, Zé Freire, Nozinho Pereira e Fernando Juvenal, tendo sido extinto em 1940. O segundo time surgiu em 1945, com o nome de “Esporte Clube São Sebastião”. Em 1949, passou a denominar-se “Esporte Clube Humaitá” que foi extinto em 1959. O time contou com a participação ativa dos jogadores: João Bernardo Neto, Eurípedes Praxedes de Medeiros, José Laurentino Cruz, Nozinho Pereira, Vicente Homero, Chico de Benta, Zé de Ana, Sebastião Vieira, João Crisóstomo, Dedé do Ouro, Fortuna, João Grande, Zé Freire, Lero, Zé de Bento, Oscar Freire, Pimenta, Manelão, Júlio Bezerra e Netinho Bobô.
Nascido precariamente, o ensino de Florânia (antiga Flores) teve sua evolução gradativa, envolvendo idéias alvissareiras como as empregadas, na época, pelo professor João Praxedes de Medeiros, que no seu ritmo de ensino marcou a alfabetização dessa municipalidade, cuja escolinha nasceu no prédio em que ainda em 1982 funcionava a Cadeia Pública, passando depois para a casa paroquial e o prédio onde fica hoje a Prefeitura Municipal, denominado de Palácio das Flores.
A Banda de Música de Florânia remonta ao final do século XIX, quando a cidade era, ainda, chamada de Flores. O seu primeiro maestro foi o professor Manoel Fernandes, que a conduziu até 1918.
Com a colaboração e apoio de imigrantes italianos de vila de Flores, entre os quais Antonio Giffoni, estabeleceu-se, inicialmente, na Escola de Instrução Primária (atual prédio da Delegacia de Polícia).
Nos anos de 1919 a 1937 a regência passou para o sargento músico Ellusipo Oscar de Oliveira. De 1941 a 1995 a Banda viveu a sua fase mais importante, tendo como maestro Marciano Ribeiro da Costa. Participou de excursões no estado da Paraíba, com apresentações em Souza, Solânea e Patos. Nesse período venceu o I Festival de Conjuntos de Bandas de Música de Natal.
Atualmente, o conjunto musical desperta grande admiração na região do Seridó, sendo constantemente requisitado para abrilhantar festividades cívicas, religiosas ou recreativas. [5]
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